Os vilões são realmente os vilões? Izuku se perguntou isso desde sua vigésima volta. Agora ele tinha certeza de uma coisa: se o importante era o fim, o caos do processo era necessário
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Izuku suspirou assim que chegou ao telhado dos dormitórios. Ao longe ele podia ver as luzes, ouvir alguns ruídos do publico. Ele deveria estar lá, recebendo elogios, devolvendo-os, fazendo toda a cena que era necessária para seu personagem. Mas hoje ele não estava na vibe de estar em publico.
O show já consumiu muito de sua bateria social, então a companhia das estrelas era o que desejava. Uma pena que dali ele não conseguia ver nenhuma, nem as do céu, nem Hawks.
Deku deu uma risadinha, se lembrando de onde o apelido minha estrela veio. Uma entrevista de Hawks, ainda na primeira vida que não se suicidou.
– "As pessoas que amamos, as coisas que nos motivam, nossos objetivos. Tudo isso é uma estrela no céu. Cada um tem sua estrela e os heróis têm o dever de protegê-las" – Izuku murmurou para si mesmo, estendendo a mão para cima – Mesmo tendo meu dever como sucessor, ser um herói como ele se tornou meu objetivo naquela época. Ele me motivou e é ele que eu amo. Ele é a minha estrela.
Mesmo que Hawks estivesse certo, a realidade, no entanto, era muito diferente. Um dia suas palavras seriam reconhecidas por todos, não apenas por aqueles que mereciam. Como se ser um ser vivo não fosse o suficiente para merecer.
– Escoria maldita. Eu deveria matar cada um desses vermes.
– Matar, Deku? – Izuku se assustou, tão imerso que estava me pensamentos. Olhou para Bakugou que tinha um sorriso arrogante enquanto na borda do telhado, tendo acabado de subir – Você é alguém difícil de encontrar sozinho, seu merdinha. Tem tanto medo assim de mim?
– Bakugou, você não pode chegar perto de mim – Izuku lembrou, massageando as têmporas.
– Na casa do caralho. Tia Inko já te mandou anular essa merda de medida protetiva, Deku. Você é meu.
– Desculpe, sou o que? – Izuku riu. Mesmo com todo esse tempo Bakugou ainda estava com isso na cabeça?!
– Meu, filho da puta. Você sabe que no final to...
– Todos vão ver que eu sou inútil. Você é o único que ficará do meu lado, e o blá, blá, blá que eu já conheço – Izuku rolou os olhos – Na verdade, você está certo. Todo mundo vai me abandonar, mas isso não significa que eu vou me entregar a você.
– Você não tem escolha. Ou você é meu, ou farei aquele favor a Shigaraki e te matarei – Bakugou estendeu as mãos, fazendo pequenas explosões na esperança de assustar Izuku.
Mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, Hawks pousou entre os dois, a pena longa em mãos.
– A única morte que vai rolar aqui é a sua se não sair desse telhado nesse momento.
– Você não vai matar Bakugou, Keigo, é um herói – Izuku suspirou – Só o leva para a delegacia, por favor.
