Os vilões são realmente os vilões? Izuku se perguntou isso desde sua vigésima volta. Agora ele tinha certeza de uma coisa: se o importante era o fim, o caos do processo era necessário
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Izuku assistiu Hawks se distanciando por um tempo, sabendo que o loiro tinha muito a digerir, foi esse o motivo de não insistir que ele ficasse consigo, ou avisá-lo que estaria se mudando, por mais que essa informação fosse chegar ao herói de qualquer modo, e logo.
Foi apenas quando ele não podia ver mais as asas vermelhas que ele se virou para a porta de seu apartamento, abrindo-a e sendo bombardeado por braços assim que adentrou em casa. Denki, Uraraka e Jiro. Além deles, em sua sala, também estavam Kirishima e Todoroki da 1-A, Shinsou da 1-C, e Inasa e Camie da Shikketsu.
– O que estão fazendo aqui? – Ele questionou sem afastar ninguém de si, principalmente por Kaminari que o agarrava como se garantisse que ele era real.
– Você achou que não estaríamos preocupados contigo? – Shinsou rolou os olhos.
Izuku respondeu sorrindo e abrindo os braços para acomodá-lo. O arroxeado o encarou por alguns minutos, perplexo, antes de se aproximar a passos hesitantes e abraçar brevemente Izuku por cima dos outros três.
– Isso é muita frescura – Ele se afastou, bufando para distrair seu constrangimento – Você está bem?
– Sim.
– Por que nunca nos contou nada? – Kirishima também resolveu se aproximar, um semblante abatido – Eu não acredito que Bakugou fez tudo aquilo.
– Eu posso. Estava claro, nós que não queríamos ver – Todoroki suspirou. Ele se amaldiçoava por não ter notado, logo ele que tinha tanta experiencia com abusos. E enquanto isso, Izuku lhe ajudou tanto. Seu primeiro amigo e já estava vacilando.
– Eu te admiro ainda mais, Izuku – Yoarashi gritou com seu entusiasmo natural – Mesmo depois de tudo o que você passou, ainda queima brilhantemente!
– Você está bem mesmo, Zu? – Camie fez Inasa sentar-se – Precisa descansar? Já comeu algo? Está bem tarde.
– Foram dias agitados – Izuku admitiu, com o trio finalmente o soltando. Uraraka estava com o rosto vermelho e lagrimas finas caindo.
– Eu imaginei, por isso eu vim te ajudar com a mudança – Denki o puxou pela mão para entrar – Eu já empacotei tudo que achei que poderia precisar ou querer nesses dias. E mãe está esperando no carro para as levar depois que você aprovar.
– Obrigada, Den.
– Você vai se mudar? – Shinsou franziu o cenho – Hoje?
– Eu já havia decidido a algum tempo que sairia daqui, e fechei um contrato no dia anterior ao acampamento. E, agora, se tornou urgente que eu saia. Muitos conhecem esse endereço, não é seguro.
– Mas e sua mãe? – Kirishima olhou em volta, mas não havia indícios de outro morador.
