08 - Minha

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Bufo irritado, vendo-a se afastar em direção ao ponto de ônibus

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Bufo irritado, vendo-a se afastar em direção ao ponto de ônibus. O pensamento de que estou ficando completamente consumido por causa de uma prostituta é quase insuportável.

O que diabos está acontecendo comigo? Estou me sentindo um completo imbecil, cego pela frustração e pela necessidade. Toda essa merda é uma porcaria.

Respiro fundo, tentando afastar o cheiro do seu perfume que ainda parece estar grudado nas minhas narinas. Esse aroma é um lembrete constante de sua presença, e é como se estivesse intoxicando meus sentidos.

Não vou me deixar levar por essa merda de novo. O cheiro dela é um sinal de alerta, uma lembrança de que eu estava prestes a ultrapassar limites que preferiria manter intactos.

Me sinto completamente fora de controle, com o pensamento de que uma prostituta está tirando meu juízo, me deixando tão perturbado. Cada passo que ela dá, cada movimento, parece uma tortura.

E agora, vendo-a se afastar, sinto uma onda de indignação e uma determinação renovada para não deixar que ela mexa mais com minha cabeça.

— Eu não vou me deixar levar por essa porra de novo — murmuro para mim mesmo, com um tom de raiva e determinação. — Essa vadia está me deixando maluco.

Respiro fundo, tentando recuperar minha compostura e afastar o pensamento dela da minha mente. Preciso me concentrar no que realmente importa, nas minhas responsabilidades, e deixar para trás toda a frustração que ela trouxe para minha vida. Assim que a vejo se distanciar, me afasto, decidindo focar em seguir em frente e retomar o controle que quase perdi.

Foda-se!

Caminho apressado, correndo em direção a ela e impedindo-a de entrar no ônibus. Ela me olha com uma expressão de incredulidade, claramente sem entender o que está acontecendo.

O motorista, percebendo minha determinação, fecha a porta com um estalo seco, e eu não me dou ao luxo de esperar.

— Que porra...? — ela pergunta, franze o cenho e se mostra confusa e frustrada enquanto tenta processar a situação.

— Eu pago a porra da noite toda de volta — digo, a irritação evidente na minha voz.

Estou praticamente a arrastando de volta para o morro, minha paciência esgotada.

Ela não diz nada, apenas me acompanha, a expressão dela uma mistura de surpresa e resignação. Olho para a UPP, aliviado por ver que a maioria dos meus colegas está em outra parte.

Apenas eu, Neto e Matias estamos aqui, o resto do pessoal está em tocaia perto do seminário do Papa, e por isso não tenho que lidar com mais olhares curiosos.

Enquanto subimos o escadão, minha determinação é visivel. A frustração ainda borbulha dentro de mim, e sinto que estou lutando contra a própria sanidade.

Ambições Secretas | Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora