12 - Chuva

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Quartel do BOPE, Rio de Janeiro

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Quartel do BOPE, Rio de Janeiro

_ Boa noite, capitão – olho para a porta e vejo Francis.

Ela está vestida com uma calça jeans justa e uma blusa preta do uniforme, com os cabelos loiros soltos e uma leve maquiagem que realça seus traços

O batom nude em seus lábios dá um toque sutil à sua aparência, e ela sorri para mim, uma expressão que é ao mesmo tempo amistosa e profissional.

_ Boa noite – respondo, tentando manter a compostura enquanto ela passa, caminhando com uma confiança natural.

Francis, com sua beleza marcante e um corpo que chama atenção, é uma novata no BOPE. Eu a havia transferido para a UPP do Turano para ajudar com a parte burocrática e, de certa forma, agradar a filha da prostituta que conhecemos.

A lembrança de Amália, em seus momentos mais vulneráveis, vem à tona. Na última vez em que a vi, ela estava chorando, o que me fez pensar que alguém poderia ter a machucado.

Essa possibilidade me incomoda, mas tento afastar esses pensamentos, focando no presente.

Respiro fundo, decidindo que preciso me distrair sem recorrer aos métodos habituais que me custam uma pequena fortuna. Não que o dinheiro fosse um problema – a herança da minha mãe me garantiu uma segurança financeira considerável.

No entanto, pagar por companhia não é algo que eu queira fazer, especialmente quando se trata de buscar um pouco de alívio para minha mente cansada.

Com Francis se afastando, percebo que minha busca por distração vai além de simples prazeres.

O que eu realmente preciso é de uma forma mais significativa de escapar da complexidade da minha vida e das emoções que vêm à tona sempre que me deparo com a realidade que tenho tentado evitar.

_ Francis – chamo, e ela volta, me olhando com uma expressão curiosa. – Eu... quer uma carona?

Ela sorri, uma reação que mistura surpresa e interesse.

_ Aceito – responde, com um brilho nos olhos que sugere que a proposta é bem-vinda.

_ Só vou trocar de roupa – ela confirma, e eu aceno em compreensão antes de sair da sala.

O gesto não é o mais ético, mas parece uma escolha mais adequada do que recorrer a puta do calçadão.

Coloco minha roupa casual e pego as chaves do carro, me dirigindo ao estacionamento do Quartel do BOPE. Francis se junta a mim, caminhando ao meu lado com um ar descontraído

A presença dela é um alívio bem-vindo, uma distração que promete ser mais agradável e menos complicada.

Quando chegamos ao carro, Francis se acomoda no banco do passageiro, e eu entro no veículo, ligando o motor. O rádio é ligado, e uma música suave começa a tocar, preenchendo o ambiente com um som tranquilo que contrasta com a tensão da noite.

Ambições Secretas | Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora