39 - Capô

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— Tem certeza? – a voz de Beto soa rouca, carregada de desejo e tensão

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— Tem certeza? – a voz de Beto soa rouca, carregada de desejo e tensão.

Eu apenas aceno, afirmando silenciosamente, o corpo já antecipando o que está por vir.

Ele me guia até o capô da viatura preta, e, obediente, me inclino sobre o metal frio que contrasta com o calor que já toma conta do meu corpo.

O toque gélido da superfície faz meus músculos se contraírem por um segundo, mas a expectativa do que virá logo dissolve qualquer desconforto.

Sinto as mãos de Beto deslizando suavemente pelas minhas costas, mesmo através do tecido fino do roupão de seda.

Seus dedos habilidosos encontram o caminho por baixo do tecido, alcançando a borda da minha calcinha.

Ele a puxa lentamente, e eu sinto o tecido descer pelas minhas pernas, provocando arrepios que percorrem minha pele.

Com um movimento firme, ele ajusta minha postura, me fazendo ficar nas pontas dos pés, expondo-me ainda mais para ele.

Cada segundo parece mais longo, e o ar ao nosso redor carrega uma tensão quase insuportável. O som do zíper da sua calça sendo aberto ecoa no silêncio da noite, fazendo meu coração bater mais rápido.

Quando olho por cima do ombro, vejo Beto tirando o cinto com uma calma que contrasta com o desejo ardente em seus olhos.

Mordo o lábio inferior quando sinto a ponta do seu pau brincar na minha entrada, provocando e torturando ao mesmo tempo.
Minha buceta já pulsa de desejo, úmida e pronta.

Estamos dias sem nos tocar, o que torna esse momento ainda mais intenso, carregado de tudo o que não tivemos nas últimas noites.

A cada tentativa de proximidade, os pesadelos voltavam, afastando-nos.

Fecho os olhos com força, tentando me concentrar na realidade, lembrando que é ele ali comigo – o homem que eu amo, o homem com quem compartilho não só esse desejo, mas tudo que somos.

Solto um suspiro profundo quando Beto, com mãos firmes, abre minha bunda e roça seu pau rígido na entrada do meu corpo. O ar parece mais pesado, e o calor entre nós intensifica-se a cada segundo.

— Faz tempo desde a última vez... — ele murmura com um tom rouco, quase provocador, o hálito quente tocando minha pele.

Sinto um arrepio subir pela espinha. Minhas pernas se apertam instintivamente enquanto meu corpo treme, antecipando o próximo movimento.

Quando ele começa a me invadir, sinto o preenchimento gradualmente, cada centímetro seu arrancando de mim um gemido sufocado. Fecho os olhos com força, mordendo o lábio para controlar o som que quase escapa.

— Calma... — minha voz sai entrecortada, o ar falha nos pulmões — É muito...

Uma risada baixa, quase cruel, ecoa dele, vibrando pelo meu corpo. Suas mãos encontram minha cabeça, pressionando-a firmemente contra o capô frio do carro.

Ambições Secretas | Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora