✶ Capítulo vinte e um ✶

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Ao abrirem a porta, nossos guerreiros são envolvidos por uma onda de risos roucos, uma música horrível e a visão de mulheres completamente nuas, servindo bebidas e se envolvendo em conversas que transbordam luxúria e desespero

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Ao abrirem a porta, nossos guerreiros são envolvidos por uma onda de risos roucos, uma música horrível e a visão de mulheres completamente nuas, servindo bebidas e se envolvendo em conversas que transbordam luxúria e desespero.

North guiou Don pelo salão lotado, acenando para rostos conhecidos que se perdiam em meio a seios volumosos, eles encontraram uma mesa no canto, onde alguns de seus amigos já os aguardavam. As canecas de cerveja estavam cheias, e o ambiente estava impregnado com a promessa de um belo refúgio onde os homens iam para esquecer suas misérias e se entregar aos prazeres efêmeros.

— Aqui estamos — disse entregando a Don uma caneca cheia. — Vamos brindar às noites que nos fazem esquecer o dia.

Don ergueu sua caneca e a bateu com força contra a de North, derramando um pouco da bebida no impacto. Risadas e conversas animadas os cercavam, enquanto as mulheres provocavam e serviam mais bebidas. North, sempre o centro das atenções, contava histórias exageradas de suas aventuras, arrancando risadas e aplausos dos que estavam à mesa.

Por um breve momento, Don conseguiu deixar de lado suas preocupações, concentrando-se em sua bebida. O álcool começava a fazer efeito, entorpecendo seu corpo e aliviando a mente.

Uma jovem de cabelos claros se aproximou, movendo-se com a graça sinuosa de uma serpente. Sem pedir permissão, ela se acomodou no colo dele, deslizando uma mão suave pelo seu pescoço. Seu toque deveria ser convidativo, mas ele sentiu um desconforto imediato. Você não é ela, pensou.

— Quer companhia esta noite? — murmurou a garota, sua voz doce como mel, seus olhos fixos nos dele. Don sabia que ela faria qualquer coisa que ele pedisse, qualquer coisa.

Por um instante, a tentação havia sido quase palpável. Os lábios dela tão próximos, o calor do seu corpo, a possibilidade de se entregar e esquecer tudo, mesmo que por um breve momento. Mas, quem ele estava enganando? Ele queria era foder sua sacerdotisa, não aquela garota em seu colo. Quem ele mais precisava naquele momento não podia ser sua, e saber disso o deixava enfurecido.

— Não, obrigado — disse, tentando suavizar a rejeição com um sorriso, enquanto a empurrava delicadamente de seu colo.

Ela o olhou com um misto de surpresa e decepção, mas logo se afastou, voltando a se misturar com a multidão, deixando-o sozinho novamente. Todos os seus amigos já estavam agarrados a alguém pelos corredores. Mas antes que Don pudesse se perder em seus pensamentos, North se aproximou e sentou-se ao seu lado, com outro copo de bebida na mão.

— O que foi isso? — perguntou, inclinando-se para ser ouvido acima do barulho. — Ela era bonita, Don. Por que não aproveitar a noite?

O príncipe deu de ombros.

— Não estou no clima — respondeu, tentando não parecer evasivo. — Preciso de um tempo sozinho.

North o estudou por um momento.

A Torre Invertida - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora