✶ Capítulo seis ✶

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— Loren

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— Loren. — Ele permaneceu parado, pego de surpresa. Ela cruzou os braços e o olhar dele deslizou involuntariamente para os seios volumosos de sua sacerdotisa. Rapidamente, ele voltou os olhos para os dela, amaldiçoando-se por ter sido pego novamente. — Vim verificar se está tudo bem. Você vai passar frio vestindo essa túnica aí. — Ele se sentiu meio tolo com essa última afirmação.

— E você veio aqui para me aquecer ou me dar uma bronca? — a voz dela era provocativa e um sorriso malicioso surgiu em seus lábios. Droga.

— Te aquecer? Só se for para tacar fogo em você. — Ele deu um passo à frente para entrar no quarto, e ela se afastou rapidamente, dando-lhe passagem. Ao entrar, Don observou o lugar; Havia apenas uma cama simples encostada à parede, os lençóis bagunçados indicando que fora recentemente ocupada e uma lareira estava presente, mas permanecia apagada, Loren o olhava, claramente confusa.

Ele caminhou em direção à lareira, determinado a acendê-la e enquanto se ocupava com a tarefa, observou de soslaio os movimentos dela até a cama. A garota passou a mão pela perna machucada, e ele não conseguiu mais se conter.

— O que houve de fato? Você pode me contar — disse, com uma expressão que misturava "confia em mim" com "conta logo, porra".

Ela permaneceu em silêncio.

— Loren... — insistiu ele, tentando captar seu olhar.

— Tá, tudo bem. Eu sei que deveria ter ficado na tenda, mas ouvi alguns gritos e saí para verificar. Quando me dei conta, já estava sendo perseguida. Corri o máximo que pude, mas acabei caindo e... — a respiração dela se tornou mais pesada, os olhos se encheram de lágrimas, ela fez uma pausa, respirando fundo — Ele me pegou. Tentei lutar, mas ele era mais forte. Ainda sinto suas mãos imundas me agarrando, rastejando sobre minha pele.

Houve outra pausa, mais longa desta vez. Don fechou os olhos por um momento, tentando reunir toda a compostura, implorando por autocontrole.

— Mas por um breve momento, consegui me desvencilhar — ela continuou — foi então que ele cravou uma adaga na minha perna. Eu... eu não sei como, mas reuni toda a força que tinha e peguei aquela adaga e a enterrei em seu pescoço — as lágrimas agora rolavam pelo rosto dela sem piedade. Ela olhou para ele. — Eu matei um homem, Don. — Sua voz era baixa, e seu peito arfava com a afirmação. 

Don se aproximou da cama e se sentou ao lado dela, lutando contra o desejo desesperado de abraçá-la e reconfortá-la, mas manteve uma distância segura para que ela se sentisse mais confortável.

— Você se defendeu — sua voz soou firme, mas havia uma compaixão subjacente.

Ele notou como ela se aproximava um pouco mais. 

— Ainda me recordo da primeira vez que matei uma pessoa — ele continuou — cada vida que tirei será cobrada no dia do meu julgamento diante dos deuses. Sinto orgulho de ter defendido nosso povo e o reino, mas não posso ignorar a culpa que carrego. Cada vida ceifada não me pertence; são fragmentos de dor e sacrifício que ecoam em minha alma. — Ele passou as mãos sobre os olhos, tentando dissipar as imagens que se formavam. — Eu queria poder te poupar dessa dor.

A Torre Invertida - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora