✶ Capítulo quarenta e dois ✶

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Tons alaranjados se mesclavam ao azul profundo do mar, criando um espetáculo de cores refletido nas ondas que se quebravam ao longe, o oceano dançava em harmonia com o pôr do sol

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Tons alaranjados se mesclavam ao azul profundo do mar, criando um espetáculo de cores refletido nas ondas que se quebravam ao longe, o oceano dançava em harmonia com o pôr do sol. Os cinco caminhavam pela praia após um dia cheio de risadas e situações inusitadas. O porto fervilhava de vida com as preparações para o festival que começaria em breve, barracas eram decoradas com fitas coloridas e lanternas de papel começavam a ser acesas, Ryan, sempre galanteador, não perdia uma oportunidade de flertar descaradamente com as mulheres que passavam, atraindo não só olhares curiosos, como também alguns insultos de homens enciumados. Enquanto isso, North e Beatrice trocavam olhares tímidos, seus rostos corando sempre que seus olhos se encontravam.

Don diminuiu o ritmo, em busca de um momento de privacidade com Loren, permitindo que seus amigos avançassem à frente.

— Você está bem? — perguntou ele, a voz baixa e atenta, enquanto caminhavam lado a lado, os pés afundando levemente na areia fina.

Loren se virou com um sorriso sereno brincando em seus lábios. Havia algo cativante naquela expressão, uma mistura de doçura e mistério que o fez sorrir de volta.

— Vai me perguntar o que pedi no poço? — ela questionou já pronta para negar se esse fosse o caso.

— Acho melhor não arriscar — respondeu ele. — Quando o seu desejo se realizar, aí você me conta, pode ser?

Ela se aproximou um pouco, roçando levemente seu braço no do guerreiro, o toque foi sutil, mas encantador. O calor da proximidade de Loren parecia acalmar algo dentro dele, ao mesmo tempo em que o deixava mais ansioso. Cada fibra do seu ser clamava para abraçá-la, para sentir o conforto pleno daquele momento, mas Don mantinha-se firme. Saboreando o simples fato de estar perto dela.

— Combinado — respondeu a sacerdotisa, seu sorriso se tornando ainda mais radiante. O último lampejo do sol iluminou seu rosto, e Don fez uma prece silenciosa aos deuses naquele instante, implorando para que o sol parasse de se pôr e eternizasse aquele momento.

— Combinado — ele repetiu de forma automática, ainda entorpecido pela beleza da garota.

— O que foi? Você está bem?

— O que? — ele questionou sem entender.

— Don, você está bem? — ela enfatizou a pergunta visto que ele parecia perdido, e ele realmente estava.

— Ah, sim, estou bem — comentou, finalmente despertando de seu transe — só... estou impressionado com seu bom humor hoje, não me insultou nenhuma vez.

— Se quiser, posso começar agora — a sugestão da garota fez ambos sorrirem.

— Não, não — respondeu ele. — Deixe-me aproveitar só mais um pouco disso.

Eles caminharam em silêncio por um longo tempo, cada um mergulhado em seus próprios pensamentos. O príncipe sentia um desejo crescente de perguntar o que ela realmente sentia por ele, mas a coragem lhe faltava. Tinha medo de que a resposta o destruísse ainda mais, rompendo o frágil equilíbrio que mantinha. Já a sacerdotisa, perdida em sua confusão, sentia o coração despedaçado pelo amor frustrado e infrutífero que nutria por Damon. No entanto, algo dentro dela começava a se recompor lentamente, como se os pequenos gestos de carinho de Don estivessem aos poucos colando os fragmentos de sua alma partida.

A Torre Invertida - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora