✶ Capítulo trinta e um ✶

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— A torre está colapsando! — North anunciou, quase sem fôlego, enquanto entrava na sala, parando abruptamente ao notar a presença de Loren ali

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— A torre está colapsando! — North anunciou, quase sem fôlego, enquanto entrava na sala, parando abruptamente ao notar a presença de Loren ali.

A garota estava visivelmente abalada.

— O que houve? — ela perguntou.

North hesitou, seu olhar se desviando para Don, como se buscando permissão ou apoio. — Bom, eu... não posso descer lá — disse, passando a mão pelo cabelo, nervoso. — Mas vi alguns sacerdotes correndo para fora dizendo que o orbe está falhando, novamente.

— North, me dê um tempo com a Loren — interrompeu Don, sua voz firme. — Nós vamos resolver isso. Volte lá e controle aqueles velhos.

— Tem certeza de que quer que eu saia? — perguntou, a relutância clara em seu tom. Seu olhar permanecia fixo em Loren.

— Agora — Don rosnou, dando um pequeno passo à frente.

North permaneceu parado por um instante, a incerteza nublando seus olhos, até que Don lhe deu um leve empurrão, forçando-o a sair da sala. A porta se fechou com um estalo abafado.

Assim que ficaram sozinhos, o controle que Loren mantinha com tanto esforço desmoronou. Seus ombros tremiam e lágrimas rolavam pelo rosto. Ela não conseguia falar, apenas sentia a onda de desespero que a engolia.

Don ficou imóvel por um momento, observando-a com dor. Ele sabia o quanto ela suportava em silêncio, o peso de suas próprias responsabilidades e as cicatrizes invisíveis de tudo o que enfrentava.

— Me abraça? — ela pediu e ele nem hesitou. Envolveu-a em seus braços fortes, puxando-a para perto, protegendo-a. Ele sussurrava palavras de conforto enquanto sua mão acariciava lentamente os cabelos dela.

Loren, por um breve momento, se permitiu relaxar nos braços dele. Sem perceber, seus olhos se fixaram mais uma vez no anjo caído pintado na parede, com suas asas rasgadas e um olhar de derrota.

— Eu me sinto como ele — ela sussurrou de repente, quase sem perceber que havia falado em voz alta.

Don seguiu o olhar dela até a pintura.

— Você não é ele — murmurou. 

Ela fechou os olhos, tentando absorver as palavras.

— Só... me segura mais um pouco — pediu suavemente, a voz quase inaudível.

— Por toda a eternidade se você quiser. — Ele a apertou um pouco mais forte, como se aquele gesto pudesse mantê-la unida, quando tudo ao redor parecia desmoronar.

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A Torre Invertida - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora