✶ Capítulo trinta e oito ✶

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Navalor, era uma vastidão de gelo derretido que se estendia à frente

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Navalor, era uma vastidão de gelo derretido que se estendia à frente. O vento soprava com uma força feroz, carregando consigo o sal do mar. Ao longe, o castelo real emergia da paisagem de forma espetacular. Construído sobre um penhasco à beira-mar, a estrutura parecia desafiar as forças da natureza com suas torres altas e muralhas robustas. Suas paredes estavam parcialmente cobertas por uma fina camada de gelo, brilhando sob a luz pálida do sol de inverno. O símbolo do reino, um gigantesco Kraken, foi forjado com precisão nos portões de ferro maciço que guardavam a entrada principal. Seus tentáculos sinuosos envolvendo as vigas, pareciam se mover, como se a criatura estivesse prestes a se libertar do ferro frio para abraçar o mar revolto abaixo.

O som distante de gaivotas que sobrevoavam os navios ancorados no porto, anunciavam o fim da viagem.

North colocou o rosto para fora, inalando profundamente o ar fresco do reino.

— Chegamos — anunciou ele. — Eu adoro esse cheiro de maresia!

— Você tem um gosto muito peculiar — retrucou Ryan, torcendo o nariz — e por peculiar, quero dizer horrível.

— O que você está dizendo, seu magozinho de araque? — North rebateu, indignado. — Nem era para você estar aqui!

— Chega, vocês dois! — Loren interrompeu em um sobressalto, fazendo todos se calarem por um momento.

Don, mal conseguia engolir o próprio riso.

— Sinto muito — North e Ryan responderam juntos, parecendo crianças sendo repreendidas.

A garota lançou um olhar severo para ambos, embora um pequeno sorriso estivesse se formando no canto de seus lábios. A tensão que havia pairado no ar se dissipou por um breve momento, entretanto, North, sem perder a oportunidade, voltou a resmungar.

— Esse mago não entende nada de aromas marinhos — murmurava para si mesmo. — Eu aposto que você prefere o cheiro de livros mofados! — provocou ele, agora em voz alta.

— Melhor do que esse cheiro de peixe morto! — Ryan retrucou, cruzando os braços.

Loren suspirou profundamente, balançando a cabeça em sinal de descrença.

— Vocês dois parecem um casal de velhos rabugentos. E eu não aguento mais essa viagem! Assim que descermos quero-os longe de mim.

— Eu te amo Lorenzinha, não faz isso comigo — o mago fez um enorme bico.

A sacerdotisa apenas lhe mostrou o dedo do meio, arrancando risos contidos do grupo enquanto a carruagem balançava suavemente, aproximando-se do destino final.

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A Torre Invertida - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora