✶ Capítulo trinta e três ✶

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Um floco de neve pousou suavemente no ombro de Don

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Um floco de neve pousou suavemente no ombro de Don. Ele levantou o olhar para o céu acima, onde nuvens pesadas e cinzentas formavam um véu sombrio, prenunciando mais neve no horizonte. O guerreiro resmungou baixo, contrariado pela persistência do tempo inclemente.

Prosseguindo pela trilha entre as árvores retorcidas, avistou ela logo à frente.

— Está nevando novamente — ele comentou, observando os flocos caírem com mais intensidade ao redor. 

Loren ergueu o rosto para o céu e fechou os olhos por um instante sentindo a neve acariciar seu rosto.

— Você está bem? — perguntou ele, tentando captar sua atenção.

Ela parecia distraída e permaneceu em silêncio.

— Te dou qualquer coisa se, em troca, você me disser o que está passando pela sua cabeça agora — propôs ele.

Loren ergueu uma sobrancelha, contemplativa.

— Qualquer coisa? — finalmente respondeu.

— Sim — confirmou Don, sem hesitar.

Um sorriso leve surgiu nos lábios dela, e então sua resposta veio de forma inesperada:

— Eu quero um beijo.

Ele ficou surpreso por um momento, mas seu rosto pareceu radiante com a audácia dela.

— Está tentando me matar? — arqueou uma sobrancelha.

— Você disse qualquer coisa — ela deu de ombros.

— Qualquer coisa que não custe meu pescoço, ou você acha que o rei me pouparia? Estamos no meio do bosque, minha pequena, alguém pode nos ver — o príncipe cruzou os braços, o sorriso escapando de lado enquanto se aproximava, fazendo com que ela recuasse alguns passos em direção a uma árvore.

— Você está com medo? — ela provocou.

— Medo? — o príncipe soltou uma risada gostosa. — Não estou com medo, só acho intrigante você me pedir um beijo, já que me "odeia" tanto.

Loren deu de ombros.

— Se eu quisesse você morto, já teria contado sobre o que fizemos no meu quarto, ou na sua sala... — retrucou, observando como Don se aproximava cada vez mais.

— Você tem um bom ponto — ele concordou, pressionando-a suavemente contra o tronco da árvore. As palmas de suas mãos se estenderam uma de cada lado, criando uma barreira sutil.

— Você vai me beijar? — perguntou ela, com os olhos presos na boca dele, de repente a possibilidade de poder senti-lo se tornou real de mais.

— Não quero "acordar" a torre — ele disse, indicando o que acontecia lá embaixo todas as vezes que se tocavam.

A Torre Invertida - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora