✶ Capítulo quarenta e cinco ✶

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O festival avançava pela noite, Beatrice, como de costume, destacava entusiasticamente cada detalhe do evento

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O festival avançava pela noite, Beatrice, como de costume, destacava entusiasticamente cada detalhe do evento. Don, em intervalos regulares, retirava discretamente copos de cerveja das mãos de North, evitando que o amigo ficasse bêbado e cometesse outra imprudência. Loren parecia deslumbrada com as luzes, enquanto o mago, jogava seu charme descarado à rainha, deixando todos a volta incrédulos.

Don parou diante de uma barraca repleta de conchas e estrelas-do-mar, todas com formas e cores tão incomuns que pareciam irreais. A vendedora, uma senhora sorridente, o encarou com expectativa, torcendo para realizar sua primeira venda da noite. Ryan e North se aproximaram, um de cada lado, inquietos e curiosos.

— Falem — ordenou o príncipe, sem rodeios.

North trocou um olhar hesitante com Ryan antes de tentar explicar.

— Bom, é que... — começou cauteloso.

— Loren não está com a perna ferida — interrompeu Ryan, sem cerimônia, despejando tudo de uma vez. — Eu não vi a ferida, mas pela descrição que o nosso gigante aqui me deu, deveria ter, no mínimo, uma cicatriz, certo?

Don os encarou, tentando digerir a informação.

— Vocês estão olhando para a perna dela? — perguntou, erguendo uma sobrancelha, intrigado.

— Com aquele vestido? Difícil não olhar, né, meu caro príncipe? — o mago respondeu com um sorriso, pousando a mão no ombro de Don, enquanto North apenas engolia em seco.

— Não me perguntem, também não sei como isso aconteceu — Don admitiu, sincero, sabendo que Loren ainda guardava esse segredo dele.

Ryan e North se entreolharam, claramente preocupados.

— Aliás, Ryan, você é o mago aqui, não eu. Então, se alguém deveria saber de alguma coisa, é você — apontou Don, jogando o fardo sobre o amigo.

Ryan, nunca perdendo uma chance de brincar, abriu um sorriso travesso.

— Bom, se você me der permissão, posso fazer uma inspeção minuciosa naquelas belas pernas...

— Você tem mesmo um desejo de morrer, né? — resmungou North.

— Qual é? Don sabe que eu só estou brincando — o mago se virou para o príncipe. — Sabe, né?

— Sorte sua que eu gosto de você, ou já teria te matado — respondeu Don, em um tom sério, mas com um toque de ironia.

— Esse é o seu jeitinho de dizer que me ama? — Ryan provocou.

Don revirou os olhos, já perdendo a paciência.

— Sumam da minha frente. Vocês estão me atrapalhando.

Os dois se afastaram rindo e trocando provocações. O príncipe então voltou sua atenção para a vendedora, que havia acompanhado toda a conversa sem entender absolutamente nada.

A Torre Invertida - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora