✶ Capítulo nove ✶

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Ao se aproximar das escadarias que levavam à entrada principal da torre, Don avistou Damon Drakenshield, seu irmão três minutos mais velho e herdeiro do trono

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Ao se aproximar das escadarias que levavam à entrada principal da torre, Don avistou Damon Drakenshield, seu irmão três minutos mais velho e herdeiro do trono. Os cabelos escuros de Damon, levemente ondulados, caíam despreocupados sobre a testa, combinando perfeitamente com seus olhos que brilhavam como uma noite sem estrelas. Seus lábios cheios estavam curvados em um sorriso sutil, transmitindo um toque de nobreza e arrogância.

O contraste entre eles era marcante. Damon, o irmão mais velho, era a encarnação da elegância real, sempre envolto em opulência e conforto. Enquanto isso, Don, por míseros minutos de diferença, herdara o fardo da guerra e da liderança militar.

— Irmão... — Damon cumprimentou-o com um aceno de cabeça — Loren — o príncipe herdeiro se inclinou em reverência e um sorriso cínico curvou seus lábios — espero que o retorno não tenha sido muito difícil; a neve parece não ter dado trégua. — Embora sua pergunta tenha sido dirigida a Don, seu olhar permaneceu cravado na sacerdotisa.

— O clima não ajudou, mas estamos todos aqui. — A expressão de Don era tão fria quanto o tempo que os cercava.

— Bem, nem todos. — Damon avaliou ao redor, examinando o que restava dos homens de seu irmão.

Uma onda de raiva cresceu dentro do guerreiro, mas ele a ignorou enquanto subia as escadas, lançando um último olhar para a sua pequena, que parecia se deleitar com a presença de Damon, oferecendo-lhe sorrisos que deveriam ser dirigidos apenas a ele, porra.

Mal tivera tempo de pisar dentro do salão principal, e ele viu o rei vindo ao seu encontro, aproximando-se com a mesma majestade que ele via em seu irmão. Seus cabelos negros, salpicados de cinza, formavam uma coroa natural que contrastava com a pele e as feições esculpidas pelo tempo e pelo poder. Seus olhos, penetrantes, eram da mesma cor negra que os de Damon, mas carregavam uma intensidade que impunha medo e obediência. Era difícil não notar a semelhança entre ele e seus filhos: a mesma postura e o olhar firme que parecia varrer a alma de quem se atrevesse a encará-los diretamente.

— Pai — ele fez uma reverência em cumprimento.

— Estamos enfrentando problemas — disse o rei de imediato. Don, exausto, não ousou questionar, assumiu uma postura ereta diante dele com as mãos para trás e aguardou a próxima ordem.

— Há algo errado com a magia deste reino. Quero que descubra o que está acontecendo.

Às vezes, ele sentia que não era visto como um filho, mas apenas como um soldado obediente, pronto para acatar ordens. Talvez a única coisa boa que o rei tivesse feito por ele foi designar Loren como sua sacerdotisa. A lembrança da expressão de ódio no rosto de Damon ao receber essa notícia era algo que ele nunca esqueceria.

— Converse com os sacerdotes. Eles estão enchendo minha paciência, dizendo que a torre está falhando — o rei debochou. — Como se isso fosse possível acontecer, eu e seu irmão estamos ocupados demais negociando o casamento.

A Torre Invertida - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora