✶ Capítulo quarenta e sete ✶

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Parados diante da porta do quarto do príncipe, Loren hesitou por um momento, incerta se deveria aceitar o convite e entrar

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Parados diante da porta do quarto do príncipe, Loren hesitou por um momento, incerta se deveria aceitar o convite e entrar.

— Confia em mim — Don pediu, com a mão na maçaneta só esperando um sinal para abrir a porta.

— Seja lá o que você tenha para me mostrar, só espero que realmente valha a pena por ter me tirado do festival — ela rebateu.

O príncipe apenas esboçou um sorriso e, sem dizer mais nada, abriu a porta conduzindo-a para a grande sacada anexada ao quarto. A brisa salgada os envolveu imediatamente, trazendo o rugido do oceano que se chocava impiedosamente contra os rochedos abaixo. Mas não era o mar que ele gostaria de mostrar a ela.

Com agilidade, ele a levantou e a colocou sentada no parapeito de pedra, de frente para ele. Loren se sobressaltou com o gesto inesperado, o medo e a excitação tomaram conta da garota ao perceber a altura em que estavam. Suas coxas se separaram para acomodar o príncipe, enquanto suas mãos agarravam o casaco dele com força e o puxava para si.

Don se alinhou entre suas pernas, as coxas da garota o trouxeram para mais perto, e, em um gesto instintivo, ela entrelaçou as pernas ao redor da cintura dele, mantendo-o firmemente contra si. O contato entre eles era arrebatador, e Don não conseguia distinguir se ela o mantinha ali, preso, por medo da altura ou porque desejava seu corpo ainda mais próximo.

— Não precisa ter medo, eu nunca deixaria você cair — ele sussurrou, os lábios quase roçando os dela.

— O que você está fazendo? — seu corpo todo estremeceu com a aproximação da boca dele, de repente o gosto de Don voltou a memória, e o desejo pulsou em seu ventre.

— Quero que deite seu corpo e olhe para o céu. — Ordenou.

Com as mãos firmes em sua cintura, o príncipe ofereceu a segurança que ela precisava. Loren o obedeceu, inclinando-se lentamente para trás, lançando-se ao abismo, guiada por uma confiança cega em seu protetor. Suas mãos deixaram de agarrar o casaco dele enquanto seus olhos se voltavam para o céu.

Don levantou o olhar para compartilhar a mesma visão que a sacerdotisa vislumbrava naquele momento — uma tapeçaria infinita de estrelas cintilantes, pontilhada por centenas de balões iluminados que subiam lentamente, como se fossem guiados por mãos invisíveis. Um a um, eles passavam pela sacada, tão próximos que parecia quase possível tocá-los. A sensação de vê-los tão de perto, era algo que jamais teriam experimentado se estivessem lá embaixo, no festival. A lua cheia reinava com majestade, banhando tudo em uma luz prateada suave, contrastando de maneira hipnotizante com a escuridão turbulenta do mar revolto abaixo.

Tinha valido a pena.

— Isso é... tão lindo — Loren mal conseguia pronunciar as palavras.

— Eu sabia que você iria gostar — Don desviou o olhar das estrelas para a garota, observando-a com uma admiração maior do que a anterior.

Quando Loren se inclinou um pouco mais, em uma tentativa frustrada para encostar em um balão, algo dentro do príncipe se incendiou. Sem pensar, sua mão deslizou por dentro da fenda do vestido dela, a pele da garota era quente e macia, irresistível. Ela se aproximou, surpresa pelo toque inesperado, mas não disse uma palavra. O silêncio era a única barreira entre eles.

A Torre Invertida - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora