✶ Capítulo treze ✶

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Don bateu algumas vezes até ouvir a voz dela convidando-o para entrar

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Don bateu algumas vezes até ouvir a voz dela convidando-o para entrar. Finalmente, reuniu coragem o suficiente para abrir a porta. O quarto que se revelou à sua frente era banhado por uma luz suave que emanava das runas entalhadas nas paredes. No centro, havia um altar de pedra que chamava atenção.

E lá estava ela, com as mãos entrelaçadas, como se o estivesse esperando. Loren se aproximou com uma graça inata, seus movimentos fluindo como uma dança.

— Sua perna melhorou? — Don observou atentamente, notando que ela não parecia mais sentir dor ao caminhar.

— Sim, bastou chegar até aqui e me reconectar — ela passou as mãos sobre algumas pedras dispostas no altar.

— Precisamos conversar — sugeriu o príncipe. 

— Lá vem...

— Eu não quero brigar. Os últimos dias têm sido difíceis — Don soltou um longo suspiro, antes de continuar. — Você não me contou tudo o que aconteceu naquela noite em que foi atacada — ele se aproximou dela. A sacerdotisa recuou um passo.

— Eu teria contado, se você não tivesse me deixado sozinha naquele quarto de uma forma tão estúpida — suas palavras pareciam estar repletas de mágoa.

— Aconteceu algo a mais naquela noite da batalha — ele insistiu.

— Sim, mas eu não sei mais se quero conversar sobre isso — ela desviou o olhar, como se encará-lo significasse revelar seus segredos.

— Você pode tentar — ele sugeriu, afastando-se um pouco e indo em direção à cama. Sentou-se na beirada, um gesto sutil, mas significativo, um indicativo de que não sairia dali sem uma resposta.

— Não quero — ela rebateu, firme.

— Você quer sim.

— Nossa, Don, por que você só não morre e me deixa em paz?

— Se não fosse por você, eu já estaria morto há muito tempo. Então, não me culpe — ele abriu um largo sorriso, tentando aliviar a tensão.

Loren, finalmente cedeu, ela precisava por tudo para fora e apesar de Don ser a pessoa mais irritante e irritável desse mundo, ele era o único em que ela realmente confiava.

— A raiva me consumiu. Quando ele cravou a adaga em minha perna, fui tomada por um ódio que nunca imaginei sentir. De repente, o fluxo desse sentimento me dominou, espalhando-se por minhas veias como o próprio éter impregnado nessas paredes — sua voz tremia enquanto ela falava, e Don notou uma mistura de medo e fascínio se formando em seu rosto. — Me senti consumida pelo poder da torre, como se cada pedacinho de pedra tivesse vida própria, pulsando com uma energia que eu mal podia controlar.

— E então, o que aconteceu?

Ela hesitou por um momento, como se revivesse aquela noite em sua mente, antes de finalmente falar.

A Torre Invertida - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora