✶ Capítulo quarenta e quatro ✶

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Don esperava impaciente ao pé das escadarias, tamborilando os dedos no punho da espada, até que seu olhar foi atraído para o topo da escada

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Don esperava impaciente ao pé das escadarias, tamborilando os dedos no punho da espada, até que seu olhar foi atraído para o topo da escada. Loren estava deslumbrante, usava um vestido que parecia evocar as profundezas do oceano. A peça, ousada e elegante, moldava-se ao seu corpo como se fosse parte dele. O decote era adornado com pérolas cintilantes que se espalhavam pelos ombros em padrões recurvados, lembrando tentáculos delicados que dançavam a cada movimento. Duas fendas generosas deslizavam ao longo do vestido, revelando suas pernas como se as águas do mar estivessem se abrindo para elas.

Linda para um caralho.

— Nossa, você está... horrível! — mentiu o príncipe, enquanto seus olhos a devoravam e sua boca se enchia d'água.

Ryan e North, parados ao lado dele, estavam claramente hipnotizados.

— Incrivelmente feia — disse North, balançando a cabeça em uma falsa desaprovação.

— Nem minhas melhores poções de beleza resolveriam esse desastre — completou o mago, como se tivesse sido enfeitiçado por uma sereia.

Loren descia as escadas com uma graça natural e um sorriso de satisfação nos lábios. Cada movimento seu fazia o coração de Don bater mais forte, embora ele tentasse disfarçar, por trás de um sorriso travesso. Quando ela se aproximou, deu uma volta graciosa, fazendo o vestido rodar e as pérolas brilharem à luz das lamparinas.

— Obrigada, meninos — disse ela, em um tom cordial e delicado que contrastava perfeitamente com sua atitude confiante.

Antes que eles pudessem responder, Beatrice surgiu animada no topo da escada. North, que até então estava cativado por Loren, de repente se viu sem palavras ao notar a príncesa. O rubor em seu rosto era inegável, e ele desviou o olhar, envergonhado, tentando disfarçar o encantamento que agora se voltava completamente para a garota.

— Vamos? — perguntou a princesa, radiante.

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À medida que se aproximavam, o som das ondas quebrando nos rochedos mesclava-se à música festiva dos bardos, canções antigas sobre sereias sedutoras e marinheiros desatentos eram entoadas com tanto orgulho, que até pareciam reais, e talvez fossem mesmo.

Fileiras de barracas enfeitadas se alinhavam à beira-mar, oferecendo iguarias do oceano — ostras frescas, peixes grelhados e caldos quentes, que perfumavam o ar fazendo qualquer estômago roncar. Os artesãos exibiam suas criações, desde colares de conchas e amuletos de proteção para marinheiros até esculturas de madeira retratando criaturas míticas das profundezas.

À distância, grandes fogueiras ardiam nas praias, suas chamas altas simbolizavam a luz de Polaryon, o deus das constelações. Pequenas embarcações no mar lançavam balões iluminados ao céu, as luzes flutuantes se misturavam as estrelas, transformando a noite em um espetáculo iluminado.

A Torre Invertida - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora