Paulo Ferraz
Vejo toda a cena acontecendo em câmera lenta, minha noiva vindo em minha direção com um sorriso no rosto e de repente um carro em alta velocidade atinge a mesma e ela cai desacordada no chão.
Corro em sua direção gritando por ela, o carro sai depressa, mas consigo ver que era uma mulher loira e peço para alguém anotar a placa do carro enquanto vou correndo para socorrer minha mulher.
- Catarina, meu amor, acorda por favor - digo em meio às lágrimas - Alguém liga para uma ambulância por favor.
Olho para minha noiva jogada no chão, sua cabeça está sangrando e ela começa a ficar pálida. Começo a me desesperar, eu não posso perder a mulher da minha vida, eu não posso perder nosso filho que está no ventre dela.
Uma ambulância chega e os paramédicos começam a examinar minha mulher, assim que eles vêem que ela ainda está respirando, eles colocam Catarina na prancha e suspendem colocando ela na maca e correm em direção a ambulância para levar minha mulher para o hospital.
- Senhor, você pode vir conosco se quiser - a paramédica diz e eu apenas concordo e subo na ambulância junto com eles, até porque eu não teria forças para dirigir o meu carro.
No caminho para o hospital eu pego meu celular e ligo para a nossa família contando o que aconteceu e todos começam a dizer que vão para o hospital também.
A ambulância para na entrada do hospital e assim que a porta de trás da ambulância é aberta, os médicos pegam a maca da minha mulher e correm com ela para dentro do hospital. Tento ir atrás, mas uma enfermeira me para e me leva ao balcão para fazer a ficha da minha noiva.
Assim que termino de fazer a ficha, me sento na sala de espera e desabo. Por que isso tinha que acontecer logo com a minha mulher? Eu daria tudo para estar no lugar dela nesse momento, deveria ser eu a passar por isso e não ela e os nossos filhos. Será que vai ficar tudo bem com ela? Será que vai ficar tudo bem com o nosso bebê? Começo a andar de um lado para o outro, até que sinto uma mão no meu ombro e viro vendo minha filha e o namorado dela ali parados.
- Me diz que é mentira por favor - minha filha diz e lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto - Me diz que a minha melhor amiga está bem.
- Eu queria que fosse mentira - eu digo chorando também.
Olho em direção ao Ethan e vejo o quão destruído ele está, eu nem imagino como ele deve estar se sentindo, afinal ele e a Cat cresceram juntos, eles são irmãos de alma.
- Foi aquela filha da puta, não foi? - ele pergunta e posso perceber o ódio em sua voz.
- Eu não vi quem estava dirigindo, mas era uma mulher loira - eu digo para ele - Mas com certeza foi ela e essa desgraçada vai pagar caro por encostar na minha mulher - a hora que eu ver essa mulher na minha frente, ela pode se considerar uma mulher morta.
Ficamos ali aguardando notícias e nada de virem falar conosco. Já tinha uns vinte minutos que estávamos ali esperando, até que meus pais, meus sogros e minha irmã e cunhado chegaram e todos estavam com cara de choro.
- Onde está a minha bebê? - minha sogra chega completamente desolada - Por favor Paulo, me diz que a minha menina está bem - ela chora compulsivamente e eu puxo a mesma para um abraço apertado.
- Eles ainda não vieram dar notícias - eu digo com a voz fraca.
- O que aconteceu? - Matt pergunta e posso ver o quanto está abalado, mas está tentando ser forte pela esposa.
- Ela estava atravessando a rua e não vinha nenhum carro até então, mas quando ela estava na metade da rua um carro apareceu em alta velocidade e atropelou ela - eu digo e começo a chorar de novo ao me lembrar de toda a cena.
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O Pai da Minha Melhor Amiga
Romance- Sou Catarina Vicentini, é um prazer senhor Ferraz - disse enquanto corava com o olhar daquele homem espetacular na minha frente. - Por favor me chame apenas de Paulo, é um prazer conhecer você Catarina - ele dizia enquanto me olhava atentamente...