Capítulo 43

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Catarina Ferraz

4 meses depois

A tarde estava tranquila em nossa casa. O sol se punha lentamente, lançando uma luz suave sobre o ambiente. Eu estou sentada no sofá, com uma almofada apoiando minhas costas, enquanto folheio um álbum de fotos da família. A ansiedade e a expectativa estão crescendo à medida que o dia do nascimento dos trigêmeos se aproxima, afinal eu já estou com 8 meses de gestação e eles podem nascer a qualquer momento.

De repente, eu sinto uma leve pressão na barriga. Paro por um momento, tentando identificar a sensação. "Hmm, isso é novo", penso, enquanto acaricio minha barriga redonda. A pressão aumenta um pouco, e eu decido que é hora de contar a Paulo.

- Amor, você pode vir aqui um minuto? - eu chamo ele, tentando manter a calma.

- Claro! O que aconteceu? - Paulo aparece na sala, com um sorriso no rosto.

- Eu estou sentindo uma pressão estranha na barriga. Não sei se é normal - eu digo, um pouco preocupada.

- Você está se sentindo bem? Quer que eu chame a médica? - Paulo se aproxima e se agacha ao lado do sofá, colocando a mão na minha barriga.

- Não sei... talvez seja só o nervosismo. Mas é diferente do que eu senti antes - eu respondo, tentando me acalmar.

Enquanto conversamos, a pressão se intensificou, e eu sinto uma contração mais forte. Fecho os olhos por um momento, respirando fundo.

- Paulo, acho que isso pode ser uma contração - digo respirando fundo.

- Uma contração? Já? - Paulo pergunta, com um misto de preocupação e excitação - Você quer que eu pegue um copo d'água?

- Não, não. Eu acho que... oh! - eu interrompo a frase quando uma onda de dor me atinge. Eu me inclino para frente, segurando a barriga - Isso está ficando mais intenso.

- Vamos ligar para a médica. É melhor estarmos preparados - Paulo rapidamente se levanta.

Eu assinto, mas antes que Paulo pudesse pegar o telefone, eu sinto uma sensação súbita e quente.

- Paulo! A bolsa estourou! - eu falo com os olhos arregalados.

- Você está brincando? - ele pergunta, olhando para mim com uma mistura de surpresa e preocupação.

- Não, é sério! Eu sinto que a bolsa estourou! - eu digo, enquanto me levantava lentamente do sofá, tentando manter a calma.

- Ok, calma! Vamos para o hospital. Eu vou pegar as coisas que preparamos - ele diz, movendo-se rapidamente pela casa.

Eu respiro fundo, tentando controlar a ansiedade. As contrações estão se tornando mais frequentes e intensas.

- Amor, eu não sei se vou conseguir esperar até chegarmos ao hospital - eu digo segurando a barriga com força.

- Você consegue, Catarina! Vamos juntos. Eu estou aqui com você - Paulo responde enquanto pegava as bolsas de maternidade e as chaves do carro.

Com um esforço, eu me dirijo até a porta, sentindo mais uma contração.

- Vamos, rápido! - eu digo, tentando me manter focada.

Assim que chegamos ao carro, Paulo me ajuda a me acomodar no banco. Ele liga o motor e começa a dirigir em direção ao hospital, mantendo a calma enquanto olhava para mim em alguns momentos.

- Você está indo muito bem, amor. Respire fundo - ele diz tentando me ajudar.

Fecho os olhos e sigo as instruções de Paulo, respirando profundamente.

O Pai da Minha Melhor AmigaOnde histórias criam vida. Descubra agora