- Sou Catarina Vicentini, é um prazer senhor Ferraz - disse enquanto corava com o olhar daquele homem espetacular na minha frente.
- Por favor me chame apenas de Paulo, é um prazer conhecer você Catarina - ele dizia enquanto me olhava atentamente...
Sinto algo se chocar contra mim e apago na mesma hora, quando acordo estou na cabana que o Paulo comprou, mas ela está diferente, tem brinquedos espalhados por ela e algumas grades de proteção. Vou em direção a sala de estar e escuto risadas vindo de lá, assim que entrei na sala de estar vejo três crianças, que deviam ter no máximo uns três anos, ali brincando e rindo, eram duas meninas e um menino com cabelos pretos e olhos verdes como os meus. Assim que percebem a minha presença eles correm até mim gritando.
- Mamãe! - eles gritam e agarram as minhas pernas.
- Oi meus amores - eu abaixo e abraço os meus três furacões.
Olho para o outro lado da sala e vejo meu marido ali parado com um sorriso no rosto, me levanto para ir em sua direção, mas tudo começa a ficar escuro novamente. Começo a ouvir vozes conhecidas falando comigo, mas eu não consigo abrir os olhos e nem responder.
- Meu amor, estou aqui ao seu lado, e não vou a lugar nenhum. Sei que você está descansando agora, mas quero que saiba que estou pensando em você a cada segundo. Lembro de todos os momentos lindos que já vivemos, e isso me dá força para acreditar que vamos viver muito mais juntos. Você é a pessoa mais forte que eu conheço, e eu sei que, de algum jeito, você vai superar isso. Sei que vai superar isso pelos nossos filhos e pela nossa família - ouço a voz do meu noivo e tento a todo custo abrir os olhos, mas não consigo.
Sinto tudo em mim adormecendo de novo e não escuto e nem vejo mais nada. Quando acordo, estou novamente na cabana e meus três furacões estão a ponto de colocar a casa abaixo.
- Anthony, Aurora e Amélia vocês vão destruir a casa desse jeito - falo seria com eles e vejo eles me olharem com aqueles olhinhos brilhantes.
- Desculpa mamãe - eles pedem e vem me dar um beijo.
- Olha só quem eu encontrei - ouço a voz do meu marido e abro um sorriso - Veja só se não são os amores da minha vida - ele diz se aproximando e os trigêmeos correm em sua direção quase derrubando o pai no chão.
Vejo os quatro ali abraçados e rindo de alguma besteira que meu marido falou e meu coração se aquece com aquela cena. Novamente começo a ouvir algumas vozes bem distantes, mas não consigo fazer nada.
- Amigadrasta, você não faz ideia do quanto eu sinto a sua falta - ouço a voz da minha melhor amiga - Você precisa acordar logo.
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Não sei a quanto tempo estou assim, mas pelo que escuto minha família falar, já faz quase uma semana. Tenho tentado lutar e abrir os olhos a todo custo, mas tenho me sentido cada vez mais cansada. E confesso que uma parte de mim não quer acordar, uma parte minha quer ficar com os meus furacões aqui.
Ouço um barulho na porta e duas vozes conversando, até que sinto uma mão segurando a minha e a voz do amor da minha vida falar comigo.
- Sete dias. Sete dias desde que o mundo parou de girar. Sete dias desde que os seus olhos se fecharam e o meu coração se partiu em mil pedaços. Sento aqui, dia após dia, segurando sua mão, falando sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Quero que você ouça a minha voz, que sinta o meu amor. Por favor, acorde, meu amor. Não consigo mais viver assim - eu começo a tentar abrir os olhos - Eu preciso de você aqui comigo meu amor, sei que você pode me ouvir. Quero que saiba que estou aqui, te esperando. A cada batida do meu coração, é um grito por você. Não desista de nós. Eu te amo mais que tudo Catarina.