Catarina Ferraz
Os meses passaram voando, e agora, com 8 meses de gestação, eu me sentia como uma montanha-russa de emoções. A barriga estava enorme, e cada movimento dos gêmeos dentro de mim era um lembrete constante de que a nossa família estava prestes a crescer. Os trigêmeos, com seus quatro anos de pura energia, estavam animados com a chegada do novo irmão e da nova irmã, e eu mal podia esperar para vê-los interagindo com os bebês.
Era uma manhã tranquila, e eu estava na cozinha preparando o café da manhã. O cheiro do pão torrado preenchia o ar, e os risos dos trigêmeos ecoavam na sala de estar enquanto brincavam com seus brinquedos. Paulo estava no banheiro, se arrumando para o trabalho, e eu me sentia grata por ter um parceiro tão incrível ao meu lado.
De repente, uma onda de dor atravessou meu corpo, e eu parei, segurando a bancada da cozinha. Era uma dor leve, mas diferente de tudo que eu havia sentido até então.
- Catarina, você está bem? - Paulo perguntou, saindo apressado do banheiro ao notar minha expressão.
- Sim, só... só uma dorzinha - respondi, tentando disfarçar a preocupação. Mas, à medida que os minutos passavam, as dores começaram a se intensificar. Eu sabia que isso poderia ser o início do trabalho de parto, mas não queria me deixar levar pela ansiedade.
- Amor, tem certeza? Parece que você está tendo contrações - Paulo disse, seu olhar se tornando sério. Ele se aproximou, colocando a mão em minha barriga - Deixe-me saber se precisar de algo.
Tentei me concentrar na respiração, mas a dor estava se tornando mais frequente.
- Acho que... talvez seja hora - eu disse, minha voz tremendo um pouco. O coração de Paulo disparou, e ele começou a se mover rapidamente, organizando as coisas que precisaríamos para o hospital.
- Vou ligar para a Fiorella e para o hospital. Você consegue ficar calma? - ele perguntou, sua preocupação evidente. Eu assenti, tentando me acalmar enquanto as contrações continuavam a vir e ir.
Os trigêmeos entraram na cozinha, seus olhinhos curiosos.
- Mamãe, você está bem? - perguntou Aurora, com a voz doce e preocupada.
- Estou sim, meu amor. Só estou um pouco cansada - eu menti, tentando não alarmá-los - Vocês podem brincar um pouco mais enquanto o papai e eu nos preparamos, tá bom?
Paulo estava ao telefone, e eu podia ouvir sua voz firme enquanto falava com a enfermeira. Ele estava fazendo tudo o que podia para garantir que eu estivesse confortável, mas a dor estava se intensificando. Eu sabia que precisava ir ao hospital, mas a ideia de deixar os trigêmeos me deixava um pouco ansiosa.
- Vamos, amor. É hora de ir - Paulo disse, voltando para mim e pegando minha mão. Ele me ajudou a levantar, e eu senti uma nova onda de dor, mais forte do que antes - Respire fundo, Catarina. Você consegue.
Com a ajuda de Paulo, conseguimos colocar os trigêmeos em seus assentos de segurança e nos dirigimos ao carro. A cada contração, eu me concentrava em respirar e em manter a calma. A estrada parecia longa, e eu sentia a ansiedade crescendo dentro de mim.
- Está tudo bem, mamãe? - perguntou Anthony, olhando para mim com preocupação.
- Está sim, meu amor. Estou apenas um pouco cansada - eu disse, tentando sorrir - Logo, teremos um novo irmão e uma nova irmã para vocês!
Finalmente, chegamos ao hospital, e Paulo me ajudou a entrar. As enfermeiras estavam prontas e me levaram para a sala de parto. Fiorella já havia chegado no hospital e ficou na sala de espera com os trigêmeos. A dor era intensa, mas eu sabia que estava perto de conhecer meus gêmeos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Pai da Minha Melhor Amiga
Romance- Sou Catarina Vicentini, é um prazer senhor Ferraz - disse enquanto corava com o olhar daquele homem espetacular na minha frente. - Por favor me chame apenas de Paulo, é um prazer conhecer você Catarina - ele dizia enquanto me olhava atentamente...