Catarina Ferraz
Acordei naquela manhã com uma mistura de excitação e nervosismo. Era dia de consulta com a obstetra, e, embora já tivesse passado por isso algumas vezes, a expectativa nunca diminuía. Paulo ainda estava dormindo ao meu lado, e eu aproveitei para admirar o homem que sempre esteve ao meu lado em todas as aventuras da vida. Com três pequenos de três anos correndo pela casa, a vida já era uma verdadeira montanha-russa, e agora estávamos prestes a descobrir mais sobre o novo bebê que estava a caminho.
Levantei-me da cama com cuidado, tentando não fazer barulho. A casa estava em um silêncio momentâneo, mas eu sabia que isso não duraria muito. Fui para a cozinha e preparei um café da manhã rápido. Enquanto o cheiro do pão tostado preenchia o ar, minha mente estava a mil por hora. Como seria a consulta? O que a Dra. Montgomery diria? E, principalmente, como nossos trigêmeos reagiriam à notícia de que teríamos mais um bebê?
Na verdade, eles já sabiam. Desde que descobrimos a gravidez, fizemos questão de contar a eles de uma forma especial. Lembro-me de como os olhinhos deles brilharam ao ouvir que teríamos um novo irmão ou irmã para eles.
- Mamãe, vai ser um bebê ou dois? - perguntou a Aurora, com a curiosidade típica de uma criança.
- Um só, por enquanto - eu respondi, tentando manter a expectativa. Mas, no fundo, eu sabia que a consulta de hoje poderia mudar tudo.
Depois de um café da manhã apressado, chamei Paulo.
- Amor, está na hora! Precisamos nos apressar! - Ele se espreguiçou e sorriu, seus olhos ainda sonolentos.
- Estou indo, só um minuto! - Ele respondeu, e eu ri, sabendo que ele sempre levava um pouco mais de tempo para se arrumar.
Finalmente, saímos de casa e dirigimos até o consultório da obstetra. O caminho parecia mais longo do que o normal, e eu sentia meu coração acelerar a cada quilômetro que passávamos. Paulo segurou minha mão enquanto dirigia, e isso me trouxe um pouco de conforto. Ele sempre teve esse jeito de me acalmar, mesmo nas situações mais tensas.
Ao chegarmos, a sala de espera estava cheia de outras futuras mamães, e eu não pude evitar de me sentir um pouco nervosa.
- Você está bem? - Paulo perguntou, percebendo minha inquietação.
- Estou, só um pouco ansiosa - respondi, tentando sorrir.
- Vai dar tudo certo, amor. Estamos juntos nessa - Ele me deu um beijo suave na testa e disse.
A sala estava decorada com cores suaves e brinquedos infantis, criando um ambiente acolhedor. A obstetra, Dra. Montgomery, entrou com um sorriso caloroso.
- Olá, Catarina! Olá, Paulo! Que bom vê-los novamente! - Ela nos cumprimentou, e logo nos acomodamos na mesa de exame.
- Vamos fazer um ultrassom para ver como está o bebê, certo? - perguntei, tentando manter a calma.
- Exatamente! Vamos lá! - Dra. Montgomery respondeu, enquanto preparava o equipamento. O gel frio foi aplicado na minha barriga, e eu senti um frio na barriga, misturado com a expectativa.
Assim que a imagem apareceu na tela, meu coração disparou.
- Aqui está o seu bebê! - Dra. Montgomery disse, movendo o transdutor com cuidado. Eu olhei fixamente para a tela, tentando decifrar as formas e os movimentos.
- Olha, Catarina! É tão pequeno! - Paulo comentou, com um brilho nos olhos.
Mas, de repente, a expressão da Dra. Montgomery mudou.
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O Pai da Minha Melhor Amiga
Romance- Sou Catarina Vicentini, é um prazer senhor Ferraz - disse enquanto corava com o olhar daquele homem espetacular na minha frente. - Por favor me chame apenas de Paulo, é um prazer conhecer você Catarina - ele dizia enquanto me olhava atentamente...