Capítulo 23 - "Podemos conversar?"

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Estavam todos os meninos na sala junto com Simon.
Todos me olharam com os olhos arregalados.

Porque além de eu estar descendo do andar dos quartos, eu também estava com uma blusa do Niall.

- Bom dia. -disse descendo e ajeitando o cabelo sem graça com a situação.

- Irlandês safadinho! -disse Harry dando um sorriso malicioso.

-Não, Harry! Não é nada disso que vocês estão pensando.

- Típica frase de quem estava fazendo o que não devia. -falou Louis caindo na gargalhada.

- Para com isso gente.A Amy já esta ficando com vergonha.

Realmente eu estava vermelha feito um tomate, com todos aqueles olhares sobre mim.

- Ta. Mas vai me dizer que não rolou nada?

- Harry, deixa a intimidade deles! -disse Liam dando um tapa na cabeça do Harry.

- Não, não gente! Não teve intimidade nenhuma. Não aconteceu nada.

- Não precisa explicar nada, Amy.

- Vou deixar vocês à vontade.-disse pegando minhas roupas e voltando para a escada.

-Espere, Amy! Você também ira participar da reunião.

- Vou é?! -perguntei assustada e voltei sentando no sofá.

- Bom, Amy, meu pêsames pela sua irmã, os meninos me contaram o que aconteceu. Quero dizer que você acertou em tudo no que eu mandei fazer, só que a mídia quer saber mais de você, saber o que você estava fazendo no cemitério, o que aconteceu, essas coisas, então você irá em uma entrevista de imprensa com Niall.

- Hãm? Como assim? Eu acabei de enterrar minha irmã e você quer que eu vá enfrentar um bando de sangue sugas que querem chupar até a ultima informação de mim? -perguntei abismada.

Já havia ficado puta da vida pelo fato deles invadirem o enterro da minha irmã. Eles não respeitaram minha tristeza, meu momento íntimo.
Sei que estou "namorando" um cara super famoso, mas não é tão fácil se acostumar com essa vida.

- Isso mesmo. Sei que você esta em um momento difícil, mas você tem um compromisso com esse contrato. Você assinou, então lhe controlamos até o fim dele. Você vai nessa entrevista e vai dizer o que aconteceu com sua irmã.

- Sinceramente não acredito nisso. E quando vai ser essa droga de entrevista?! -perguntei já brava.

- Hoje a tarde.

- Não acredito. Nem meu luto eu vou poder ter.

- Infelizmente não. Mas a sua vida daqui em diante vai ser assim.

- Tudo bem, já entrei nessa furada mesmo. -disse me levantando e subindo as escadas.

(...)

Eu não acredito que isso está acontecendo. Minha vida está de cabeça pra baixo.
Aceitei essa porcaria de contrato pra salvar minha irmã e cadê que ela está aqui comigo?
Ela está a 7 palmos da terra e eu presa nesse infeliz contrato.
Nesses 2 anos minha vida tem sido um inferno. Eu sinceramente acho que eu poderia ter tido essa doença e não a Emily, pois ela não merecia isso, ela era uma criança.

Sentei na beirada da cama e deixei as lágrimas escorrerem livremente pelo meu rosto.
Já não estava aguentando mais, eu precisava desabafar ou iria explodir.

Ouvi darem dois toques na porta.

- E-entra -gaguejei limpando as lágrimas, não quero que ninguém tenha pena de mim.

- Podemos conversar?

E aí, amores continuo?

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