"Adoram a nudez do corpo, se assustam com a nudez da alma"
GABRIEL
Fiquei ali, naquela imensidão de preto e branco que é meu quarto, sentindo um frenesi passear pelo meu corpo me fazendo saber que tudo estava no lugar. As luzes estavam apagadas, porém tudo naquele cômodo era branco, menos o guarda-roupa que eu teimo em chamar de armário.
A tela do celular brilhava indicando novas mensagens, mas a única coisa que conseguia me concentrar era na ereção entre as minhas pernas. Não faz muito tempo que cheguei da festa de Halloween e deixei Arabella em casa. Senti-la no meu colo, literalmente se esfregando sobre o meu pau não ajudou tanto assim no meu autocontrole. A luz irritante do celular não conseguir ser pior que aquilo. Eu deveria ter simplesmente tirado seu short, colocado sua calcinha de lado e ido fundo suficiente para deixá-la dolorida, mas eu sei o quanto é necessário paciência e cuidado quando o assunto é tirar virgindade.
Com o resto de autocontrole se indo, simplesmente retirei aquela parte do meu corpo de dentro da samba-canção, sentindo a maciez da pele. Eu realmente estava fodido com a misteriosa. Comecei movimentos de vai e vem, sentindo meu corpo entrar em êxtase, meus pensamentos vagaram para ela.
Masturbei naturalmente com um pouco de lubrificante na mão.
Imaginando, invés da minha mão, as mãos da Arabella me tomando por toda a minha extensão, massageando... Colocando a boca e me sugando, porra! Fui aumentando a pressão com os movimentos ficando mais rápidos, eu realmente gostaria muito de sentir aquela boca carnuda contra a minha glande. Fazendo... Merda, imaginar ela fazendo não ajudava muito a minha ereção, ela só aumentava. Apertei a cabecinha rosada do meu pau, já que só bater a punheta não estava ajudando tanto assim, quanto mais eu pensava na Arabella, mais sentia todo o meu sangue indo para aquela direção do meu corpo. Gemidos roucos saíram da minha boca, a pressão no meu pênis aumentando até eu sentir jorrar minha porra, sujando a mão com o líquido viscoso.
Suspirei, pegando um lenço e limpando-me, deixei toda aquela letargia que dominou meu corpo me atingir em cheio, fiquei ali jogado na cama, sem vontade alguma de dormir e meus pensamentos dominados por ela. Apesar de ser um dominante, sempre fui mais na cama do que fora dela, já que não levo isso como estilo de vida regrado. Isso do BDSM, é complicado explicar a alguém, principalmente com tantos livros distorcendo o real significado desse tipo de prática.
Como ela consegue isso? Consegue me dominar e sem nem ter passado dos beijos.
Arabella... Arabella. Acho hilário ela falando que eu não demonstrava interesse por ela e/ou que não me imagina excitado pela mesma, tendo sonhos eróticos, Arabella tem uma alma selvagem precisando ser libertada, sei que ela não gosta de receber ordens, mas ela gosta de ser guiada. Bella não precisa de um dono, mas sim um professor. Eu adoraria lhe ensinar tudo. Tudo e mais um pouco.
Um novo suspiro saiu por entre os meus lábios, eu adoraria qualquer coisa com ela, na verdade. O mundo BDSM é extenso, o ruim é que muitas pessoas acham que para querer participar dele é necessário algum tipo de trauma, ou que a pessoa passe um trauma na primeira sessão, eu entrei e me aprofundei nisso desde o primeiro momento que minha mão coçou para bater na bunda, sem entendimentos errados, o spanking só ocorre durante o sexo e em possíveis punições.
Tudo é com consentimento, o dominante tem a submissa como sua para lhe dar prazer, mas as atitudes dele também têm que dar prazer a ela. Não é egoísmo, e isso por muitas vezes é mal retratado, ao fazer do corpo da sua parceira um poço de luxúria e satisfação ela tem que também se sentir saciada, aí chega-se ao ponto que a sub sente prazer em se submeter ao seu senhor, de agradá-lo.
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Arabella ✓
RomanceQuando eu preciso me proteger da realidade, dou um mergulho profundo em meus devaneios. Eu poderia ser a música que ele quisesse, assim como ele seria minha melodia. Nós nos completamos de uma forma nova e totalmente inesperada. Não procurava por co...