49. O motivo é você.

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GABRIEL HAYES

E quando me ver assim, sorrindo sem motivos.

Saiba que o motivo é você. (fonte: tumblr)

Foi uma surpresa enorme quando pouco depois da minha discussão com a Arabella o Julien chegou acompanhado da Stella e do meu sobrinho. Com certeza uma surpresa bem-vinda. Eles estão morando na Inglaterra agora o que fez eu me distanciar daquela criaturinha chamada Edward. Sou fascinado por crianças e sempre me dou muito bem com elas, talvez por isso minha obsessão em ter um filho. Não em qualquer momento, só quando achar aquela pessoa que será a certa. Tem momentos que me sinto aquelas menininhas que acreditam em contos de fadas e esperam o príncipe encantado. No meu caso, seria uma rainha.

Uma rainha e uma princesa.

Acho que Arabella está mais para Rainha. Sorri balançando a cabeça, sou muito bonzinho com ela às vezes e isso me irrita, quero dizer, tento respeitar ao máximo seu espaço e o quanto ela se sente confortável ou não com determinadas situações, porém não quero no final de tudo ela simplesmente me afastando quando eu poderia ao menos tentar fazer alguma coisa e me sentir útil de qualquer forma.

Arabella quer ser independente acima de qualquer coisa, ela é um tipo raro de livro, geralmente quando você for ler algo eles fazem sentido, os acontecimentos são estrategicamente pensados para desencadearem em outros acontecimentos que unirão as pessoas principais da história. Entretanto a Roth é diferente disso, é tudo embaralhado e para você conseguir achar algo? Vishe. Ela é cheia de erros, palavras grandes demais, mas bem, não amamos a perfeição... Amamos os errinhos que deixam qualquer ser único.

Não sei exatamente um ponto que tenha me feito começar a amar tanto ela. Talvez uma junção de tudo? Eu achava fofo ela querendo fugir sempre que me via, e a segunda vez que a vi estava adorável com o cabelo parecendo uma juba de leão... Eu tinha um apelido referente a isso. O ponto inicial de tudo foi quando me deixei amar novamente, abri completamente o coração para qualquer coisa que estivesse por vir envolvendo nós dois. Foi a melhor decisão que tive em anos, tenho plena certeza disto.

Minha cunhada me tirou dos meus devaneios falando que alguém havia tocado a campainha, eu estava sem camisa porque o pequeno Eddie havia me sujado todo com seu vômito, isso é para eu aprender a não ficar balançando um bebê que acabou de mamar. Qual era o meu problema afinal? Acho que foi a felicidade dele todo sorridente na minha direção.

— Vai ver se não é o Julien — ouvi Stella falar enquanto tirava toda a roupa daquele gordinho. Oh garoto mordível! Meu irmão havia saído para comprar fraldas.

Não era o Julien que havia voltado. Meu sorriso se expandiu de um canto da boca ao outro. Aquela coisa de força do pensamento conseguir fazer algo, bem, eu havia pensado tanto na Arabella que ela simplesmente estava ali, na minha frente. A cada dia que se passava parecia que a sua beleza só aumenta, os seus intensos olhos verdes estavam deixando claro a quão descarregada ela estava. Leve.

— Oi Arabella — ponderei. Observei o sorriso que surgia desaparecer, olhei na direção que ela, algo atrás de mim. Ajustei meu corpo analisando a situação fazendo um singelo riso sair pela minha garganta. Eu sem camisa, uma moça atrás de mim. Oh sabia muito bem o que a mente maquiavélica da jovem a minha frente estava arquitetando. — Entra — continuei, puxando-a pela mão para dentro da minha casa.

— Pare de pensar em coisas absurdas, você não deveria pensar isso, sou eu e estava ansioso pela sua visita — sussurrei notando Stella vir na nossa direção com o Eddie vestido com nada além de uma cueca.

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