37. Último.

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ARABELLA

Não me mexi, não ousei mover um dedo do lugar. O quarto estava todo escuro, as cortinas da janela fechadas e eu me senti melhor assim. Deus, não tive vergonha de brincar e me insinuar, entretanto agora ela me atingiu como se tivesse sendo feito um strike em mim. Me vi agradecida por Gabriel não estar ao meu lado na cama, movi levemente minhas pernas realmente sentindo lá. Isso é estranho, não que eu já não tenha sentido, afinal eu não sou insensível, e às vezes quando eu ficava muito excitada meu clitóris chegava a doer, fazendo jus aquela frase "te desejo tanto que chega a doer". Ugh, que mente impura a sua Arabella, que feio, pensei sorrindo em seguida. Me sentei na cama enrolando o lençol para cobrir meus seios. Suspirei sabendo que finalmente não era mais virgem, não que fosse ruim, mas... Bem, eu não sou mais virgem.

Me levantei da cama enrolada no lençol, fiquei com medo de olhar para a cama e ver algum vestígio de sangue.Vai saber. Todo mundo que perde a virgindade vai te relatar de uma forma e as meninas, sempre ou em sua maioria, irão falar de forma negativa, lembro da Lucy me falando da dela, digamos que a minha foi bem melhor. Foi incrível, confesso que fiquei tímida em certos momentos, principalmente com o Gabe me olhando todo o tempo, apesar disso ser bastante sexy. Ele é todo quente e sexy, mesmo a aparência de certinho. Sorri me olhando no espelho. Primeiro dia do meu não-virgem, e não poderia ter sido melhor. Nem todo mundo que perde é ruim, afinal. E fazer com quem realmente gosta de você, que é carinhoso é maravilhoso, conclui sorrindo para mim mesma no espelho.

Arabella, a menina que sempre dizia que não era romântica e pensando em romance... Você é você mesma? Me perguntei em pensamento. Tenho certos problemas com espelhos, fico conversando comigo mesma como se fosse outra pessoa.

Deixei o lençol na cama de volta, peguei uma roupa confortável na bolsa e fui tomar banho, relaxei bastante, porém aquela parte tinha uma leve ardência, ugh. Isso me faz corar, entretanto lembrar que meu namorado esteve totalmente dentro de mim ontem a noite não faz isso ocorrer, eu tinha mesmo que ser toda estranha, não é?

Depois de banhada, vesti uma calcinha confortável de algodão e um vestido sem sutiã, um dos que ele havia me dado. Sorri para meu reflexo no espelho. Você tem que parar de rir menina, tá parecendo uma bobona, ralhei comigo mesma ao terminar de escovar os dentes, rindo ainda mais depois. Descalça mesma sai do banheiro soltando um gritinho de surpresa. Gabriel estava sentado na cama, seu cabelo curtinho meio desalinhado e o rosto de pós-sexo dele faz meu rosto esquentar. Tão quente.

— Como você está, curly? Está dolorida? — Os tons de vermelho do meu rosto devem ter atingindo níveis bem escuros.

— Tudo bem... — sussurrei, de repente tímida demais. Ele me estendeu a mão, me sentei no seu colo com ele passeando seus dedos pela minha bochecha.

— Não está dolorida? Mesmo? — A preocupação na sua voz fez eu soltar um gemido de aprovação. Mmmm, tão bom.

— Só um pouco ardida— falei rápido e baixinho, ele me encarou com expressão de quem não havia entendido nada, logo depois gargalhando alto.

— Então você está tímida? — bufei ao perceber seus olhos semi cerrados me analisando. Como eu amo cada expressão dele.. Ugh, me sinto melosa, e não estou excitada.

— É difícil falar disso, ué — falei fazendo expressão de emburrada, seus dedos desceram da minha bochecha.

— Eu não tenho vergonha de falar que adorei descobrir pintinhas novas espalhadas pelo seu corpo — Seu sussurro fez os malditos pelinhos ressurgirem.

— Te odeio — murmurei tentando sair do seu colo, mas sendo puxada em seguida.

— Você sabe que é completamente diferente disso que disse o que sente por mim. — Odeio sua convicção também. — Vamos comer algo, quero te deixar bem alimentada — sentenciou me fazendo acompanha-lo para fora do quarto.

Arabella ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora