Hm, será? Sim ou claro?

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21h50min. E nada de Yasmin. Mas, finalmente o telão indicava que o avião dela tinha acabado de pousar. Engatei uma conversa descontraída com o meu sogro, eu vim de carona com ele. Logo, ele levantou. Notei que Yasmin vinha, ao seu lado uma mala grande sem alça (Luís) puxando outra mala. Ela abraçou o pai, depois veio em minha direção. Luís sorria parado, depois de abraçar o tio. Perfeito.

- Mari! – ela me chamou.

- Nossa, que saudade que eu tava... – abri os braços, como se fosse abraça-la, só que passei – Do Luís, é claro. – todo mundo riu, menos ela, fez um bico enorme.

- Não deveria nem ter voltado, minha mãe tava mais legal lá.

- Pequena... – ela virou o rosto, tentando ficar de bico, mas vi o início de um sorriso. – Ei, vem cá. – abri os braços, ela correu e se jogou em cima de mim, eu a carreguei pra que ficasse na minha altura e dei um abraço apertado nela. O coração dela batia forte, como o meu. Soltei-a, ia seguir o caminho, mas ela me puxou pela nuca e me beijou. Arrepiei-me dos pés à cabeça inicialmente e logo correspondi toda a saudade que ela colocou ali. Finalizei com selinhos, por causa da falta de ar. Ela me olhava sorrindo abertamente. Meu sorriso preferido dela era aquele, porque ela sorria e o motivo era eu.

- Saudade de você.

- Você vai ter bastante tempo pra mata-la. Agora vamos. – Mário concordou e levou a mala da filha para o carro. Yasmin caminhava de mãos dadas comigo. Luís vinha ao nosso lado, conversando conosco.

- Eu não via a hora daquele avião pousar, metade da viagem foi Yasmin falando na Marina, já estava irritando.

- Eu só estava com saudades, você tá com inveja, porque não tem namorada, e se arrumar, nunca vai arrumar uma obra dos deuses como a Mari, melhor que todas que você já pegou na vida. – eu apenas ri, obra dos deuses? Hm, ela tem razão, eu sou maravilhosa, e o Luís nunca teve uma namorada gata, só bonitinhas. Pelo menos as que eu conheci.

- Vem cá, vocês dois só brigam?

- Não, a gente se une quando tem comida no meio. Eu não sobreviveria esses dias se não fosse o Luís.

- Nem eu se não fosse ela. Perdi as contas das vezes que a gente fugiu pra comer. A mãe dela não cozinha muito bem.

- Não Luís, ela cozinha mal mesmo.

- Mal tipo eu?

- Pior amor, porque ela se mete a fazer comida e não sabe, você pelo menos admite que não cozinha.

- Ok né. – entramos no carro. Luís foi na frente, eu e Yasmin atrás.

- Pai, tô com fome.

- Eu deixei seu jantar pronto.

- Comida de verdade meu Deus, obrigada! – comecei a pensar em Júlia e Babi sozinhas na minha casa, o que deviam estar fazendo. Eu apenas espero que ela não destruam a minha casa. – Mari, dorme comigo hoje?

- Ahn, logo hoje? Eu deixei o casal sozinho lá em casa.

- Elas vão ficar bem, vamos, você nunca dormiu comigo lá em casa.

- Tudo bem então. – ela me deu um selinho demorado. Peguei o celular no bolso.

- Trocou de celular amor?

- Não lembra que o meu quebrou?

- Pensei que tivesse conserto.

- Não, estraçalhou a tela completamente. Vou ligar pra Júlia.

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