Tentava ligar pra Yasmin e não conseguia, já estava quase em pânico ali.
- Mari, se acalma, ela tá bem.
- Tá, eu vou tentar. Agora presta atenção na rua, por favor, não quero morrer. – em cinco minutos estávamos em frente à fachada do colégio. – Você estudou aqui Luís? Diga que sim.
- Sim, mas tem um tempão, eu era moleque ainda.
- Conhece os lugares?
- Só do que eu lembro. Vou tentar fazer você entrar, pera. – ele saiu do carro e falou com o porteiro, que estava meio sonolento e nem ligou. Entramos correndo e eu liguei pra Yasmin novamente, logo descobri porque não conseguia, ali não pegava bem o sinal do celular. – Caralho, aqui mudou muito.
Puxei ele, corri pra lá, corri pra cá, e nada. Fiquei com sede e parei em frente ao garoto que fazia as bebidas.
- Sério que você vai beber, Marina?
- Só um pouco, eu tô nervosa cara. – o menino me deu um drink bem gelado e eu virei bem até a metade.
- Calma garota. – uma voz grossa e desconhecida fala e eu viro pra ver quem é, dando de cara com um garoto alto e magro, com um cabelo liso muito desgrenhado que eu gostei. Mas tinha uma leve impressão de que era chapinha. – Sou o Henrique. – estendeu a mão sorrindo até maliciosamente, apertei e soltei no segundo seguinte.
- Marina, e estou com pressa.
- Pressa pra que, linda? Isso aqui é até amanhã, e eu sei que você entrou de penetra, então concluo que quer ficar aqui.
- Entrei, mas foi por motivo de força maior.
- É Henrique, e a gente realmente precisa ir agora. – Luís interrompeu.
- Luís Almeida? Veio com o Luís Almeida? – assinto, louca pra sair dali. – Aê Luís, pegou a maior gata, legal. Ei Marina, sabia que ano passado eu tipo namorava a prima dele, a Yasmin? – Luís bateu na testa. Então era ele, aquele ridículo? – O que? Não era pra falar? Ela é a menina mais gostosa que eu já peguei, mesmo baixinha, tipo, claro que eu vou me gabar. – que cara babaca – Mas a mais chata também, ela queria que eu ficasse com ela todos os dias e desse satisfações da minha vida. Tipo cara, ela não era minha dona, odeio me prender. E ela não era virgem, eu sabia, e não queria transar comigo, tive que forçar, daí foi, tipo, a melhor coisa quando ela liberou. Aí eu descobri que ela gostava de mim, tipo se apegou, outra coisa que eu não gosto. Eu não queria terminar, daí dei corno e, tipo, dei um jeito dela ver. E ela não terminou comigo, veio conversar, tipo que? Daí eu dei um chute nela. – eu queria fazê-lo engolir os novecentos "tipos" que ele cuspiu só nessa fala.
- Que bela história, não? – comentei com o sangue fervendo de raiva.
- Pois é, e ela tava por aí hoje. Sumiu depois que me viu, sempre medrosa. Queria, tipo, comer ela de novo, tá mais gostosa do que da última vez. – nem Luís, nem o Papa me segurava, parti pra cima do garoto e o coloquei da minha altura puxando a gola da sua camisa pra baixo.
- Repete o que você disse e eu tipo quebro a sua cara todinha. – ele engoliu seco, mas não demonstrou medo.
- Mari, calma, não faz isso. – Luís falou, mas nem ouvi. – A Yasmin tá ali vendo. – afrouxei o aperto na gola dele, mas não soltei.
- Onde?
- Ali. – ele apontou um canto do pátio descoberto e ela realmente estava ali espiando atrás da pilastra, talvez esperando eu quebrar a cara desse idiota. E se ela estava achando que estava escondida, falhou miseravelmente.
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Smile
RomanceGarotas são românticas. "É claro que isso não é verdade, eu não sou, e bem longe disso! Não gosto de namorar e não diga que eu nunca tentei, eu tentei e não deu certo. É perda de tempo. Não vale a pena. Se apaixonar dá errado, sempre dá." - Marina E...