Fazer amor?

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Fiquei lá na Babi umas duas horas, logo quando a gente chegou a Ju mimou a Babi um pouquinho e ela cedeu àquela fofura (pra ela né, pra mim era fazer papel de ridícula. Não que pra Yasmin eu não fizesse aquilo e muito mais) e elas ficaram se pegando ao meu lado enquanto eu via um filme interessante que não sei o nome na TV. O tal filme logo acabou.

Fui à cozinha e fiquei lá batendo um papo legal com a Tia Maíra, mãe da Babi, que aceitou a filha na boa e adorava a Ju, ficou perguntando da Yasmin, querendo saber se a gente tava bem etc. O pai da Babi, seu Antônio, não a aceita direito, se eu nunca falei isso aqui. A Babi segura mó barra com o pai, sobra pra Ju, e até pra mim, às vezes quando eu chego lá.

Essas pessoas homofóbicas, estou pronta pra lidar com elas tanto quanto elas estão prontas pra lidar com um gay.

Logo, Ju disse que levaria Babi pra casa dela, mas antes, me levaria em casa. Ela tinha conversado comigo que a Tia Júlia não estaria em casa. É, o nome da mãe da Júlia é Júlia. Tia Ju gostava muito do próprio nome, e quando ficou grávida dela, quis colocar o nome da filha o mesmo. Ela descartou colocar "Júnior", porque isso não encaixa bem com nome de menina. Então ela fez essa coisa chique de colocar Júlia II (pra quem não sabe, lê-se Júlia Segunda, por isso é chique. Eu acho ué). Nunca mais vi a Tia Ju, saudades. O pai da Júlia? Ele faleceu tem uns quatro anos, ela às vezes sente muita falta. Ele era um cara muito legal. Enfim, eu fui deixada em casa e passei o resto da tarde sozinha por lá, jogando Xbox pra passar o tempo.

Pov Júlia

Minha mãe arrumou um novo namorado, também, ela tá toda gostosa em plenos 45. Ok, ela vai passar a noite lá com ele hoje. Eu que não sou besta nem nada, chamei Babi pra passar a noite comigo. Claro, a noite vai ser boa pra minha mãe, porque não pode ser pra mim? Minha sogra deixou, ela veio. Normal, deixei a Mari em casa e antes de ir pra casa Babi quis comer algo e fomos juntas, depois tomamos sorvete, num clima fofinho que eu acho que nada estragaria.

- Vida. – ela chamou. Adoro quando ela me chama assim, é tão fofo. Fiz um barulho nasal pra que ela prosseguisse, estávamos caminhando de braços entrelaçados no parque, que era perto da sorveteria. – Vamos pra casa? – ela falou, manhosa. Aí tem.

- Já? Tá cedo.

- Já, eu tenho uma reserva de energia guardada pra você, não quer que eu a gaste passeando né? – hmmm, ok.

- Hehe, tá bom. Vamos sim. – falei meio maliciosa, lerda é tudo o que eu não sou, e hoje tem!

Estacionei na garagem da minha casa, que era bem grande, ainda não dava pra ser mansão, mas precisávamos de empregados pra limpar tudo. Eu nunca fiz faxina. Acho que nem a minha mãe, quando meu pai era vivo, ele não deixava, dizia que a deixaria menos bonita. Sim, meu pai dizia isso. Ele sempre gostou de ostentar, já eu não sou assim, mas ter dinheiro não é ruim. Pelo contrário. Entramos em casa, tava tudo limpinho e cheiroso, Maria passou por aqui. Tomara que ela tenha cozinhado, tomara. Tirei o casaco e pendurei.

- Vou tomar um banho tá amor?

- Não.

- Por quê? Tem algo em mente? – falei me aproximando e envolvendo sua cintura com minhas duas mãos. - Fazer amor, talvez?

- Não.

- Foder? – disse, simples.

- Falou minha língua. – a puxei pra mais perto e colei nossos lábios. Invadi sua boca com minha língua e desci as mãos, apertando sua bundinha gostosa, ela arfou entre o beijo, que logo eu separei.

- Que foi?

- Vamos subir a escada. – idiotice eu ter parado pra isso? Já tentou subir uma escada em espiral beijando alguém sem cair ou ter vertigem? Ela sabe o que aconteceu da última vez, por isso subimos correndo. Paramos no fim do corredor, na porta preta que tinha o meu nome numa plaquinha, obviamente, a porta do meu quarto.

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