Essa história contém sexo, violência, abuso verbal e sexual, palavras de baixíssimo calão. É recomendado para maior de 18 anos, se continuar a leitura e não gostar, não venha denunciar. Apenas sinto muito. Agora cabe a você.
A história também contém muitos erros ortográficos e de digitação, ela está passando por revisão.
Ocala, Flórida, 1980.
Termino de enrolar a manta na garotinha e coloco-a em uma cestinha, perto da grande porta do lugar onde Gregg e eu decidimos deixa-lá.
Ela já nos atrasou meses e meses de viagem, poderíamos ter seguido o grupo três, da Rand e do Josh, no começo do mês. Mas, graças aos enjoos que eu sentia nas viagens, não pudemos ir e ficamos na espera da gotinha nascer para seguirmos nosso rumo.
Não era para ser assim, se ela tivesse esperado... Gregg e eu não estamos prontos para criar uma criança! Precisamos seguir nosso rumo e um bebezinho chorando e pedindo nossa atenção não é o que queríamos. Nunca nem cogitado a ideia de ter uma sementinha nossa, mas essa veio na hora errada.
Com certeza isso é o certo!
Ela vai crescer em um lugar muito melhor do que conosco. Isso é fato!
Olho para Gregg e ele está impaciente me esperando na caminhonete.
— Vamos logo com isso, Daven! Não temos o dia todo! — Ralha irritado. — Ainda temos que encontrar com o grupo cinco. Ande logo!
Sei que essa carapuça irritada é só para esconder que está sofrendo tanto quanto eu.
Coloco a menininha na cesta, cobri-a de uma forma que não sufocasse nem ficasse com frio. Coloco uma correntinha que tinha mandado fazer mês passado de ouro com seu nome, para entregá-la com um nome descente e não nomes de velhas que freiras normalmente dão as crianças deixadas. Mirella Beault. Nome de minha mãe. Achei que ficaria perfeito nela. E, de fato depois que vi seus olhinhos azulados feito os de mamãe, vi que não haveria nome melhor. Mesmo estando fazendo isso, algo que não deveriam fazer, acho que é o melhor para a garotinha.
Dou um pequeno e desajeitado beijo em sua testa, bato na porta com força três vezes e corro ao encontro de Gregg na caminhonete que arranca de imediato.
Olho para trás, para aquele pequeno embrulho em uma cesta de piquenique e desejo-lhe toda sorte que os deuses possam dar-lhe.
— Boa sorte, pequeno anjo — sussurro para que só eu e o destino pudéssemos ouvir.
°
Encontramos com o grupo cinco: Rachel, Pietra, Phil e outras cinco pessoas na estrada, prestes a partir para um novo destino sem rumo. Gregg me olha de forma estranha, como se pedisse desculpas por algo.
Resolvemos acampar no acostamento da rodovia. Estacionamos nossos veículos formando um 'U' com a estrada como vista. O céu está estrelado. Todas as constelações mostrando sua beleza para nós. Estendemos colchonetes no chão e preparamo-nos para dormir. Phil e as garotas já falam manso, cedendo ao sono sedutor, o resto do grupo já descansa. Estamos todos em colchonetes de solteiros.
Quando me viro para dormir, Gregg segura minha mão me puxando para mais perto da estrada, distante do grupo o suficiente para não sermos ouvidos. Meio receosa, me levanto e o sigo. Chegamos à beira da estrada e ele se senta, eu o imito. Ele fica olhando o céu, pensativo. Olho também, sabendo que ele está escolhendo as palavras para falar algo comigo.
— Daven... Amor — começa receoso, já imagino sobre o que ele quer falar. — Me... Me perdoe — soltou por fim.
— Pelo que, exatamente, Gregg? — Pergunto confusa.
— Bom... Pela estrelinha. A garota. Eu... Eu não estou pronto para isso! Não ia conseguir sustentar vocês duas... Nós três. Não saberia criá-la... — Corto-o, sentindo sua dor e medo pelo que eu faria.
— Hey! Gregg... — Pego seu queixo virando-o para mim, mas mantém o olhar no chão. — Olhe para mim, amor. — Por fim cede. — Tudo bem... — Percebo seu olhar receoso. — Sério! Eu também não saberia dar a ela o que ela realmente merece.
Ele me olha triste e meu coração falha por um instante.
— O próximo que vier vamos estar preparado... Prometo não falhar com ele, nem com você.
— Nós prometemos — digo olhando o céu e com os dedos das mãos entrelaçados aos dele.
— Raio de Sol, eu te amo... Muito — diz olhando-me nos olhos intensamente.
— Eu te amo mais que tudo, meu rei. — Ele me puxa para seus braços e me beija de uma forma nunca feita antes e, ali mesmo, na beira da estrada, em cima de uma grama rala e úmida, ele me tomou. Mesmo em um lugar pouco apropriado, é tudo muito intenso e carinhoso. Um novo jeito Gregg. Um jeito maravilhoso e inesquecível.
×××
Estava revendo os gastos que tivemos nesse mês quando irmã Ednéia entra na sala com o semblante preocupado.
— Licença, Madre Teresa. Temos um ''problema''. — Faz aspas com os dedos na palavra problema. — Mais um anjinho chegou — termina a notícia e olha para baixo.
— Mais um?! — Pergunto incrédula. — Chegaram quantos essa semana? Três? O que os pais dessas crianças têm na cabeça? — Estamos em apuros se tratando de dinheiro. Não estamos conseguindo manter as garotas que já estavam aqui e cada vez aparecem mais. Isso é resultado de pais inconsequentes e imaturos!
— Nada? — Responde com um sorriso fraco. — Nós... Vamos ficar com ela, né?! — Pergunta desconfiada e temerosa.
— Claro que vamos! Que pergunta é essa?! Nunca que rejeitaria esses anjinhos que não tem culpa da irresponsabilidade de seus ''pais''!
°
Irmã Ednéia me contou que ouviram alguém bater na porta e quando foram lá fora tinha uma camionete saindo e um embrulho em uma cesta de piquenique deixado para trás.
— Os pais a deixaram apenas com uma correntinha, com seu nome — Clara, a irmã responsável pelas novas almas que chegam aqui, fala. Apesar de ser muito jovem, é a melhor em cuidar dos bebes. — Pelo menos tiveram uma consideração.
Pego a garotinha no colo e a observo.
Ela é simplesmente linda!
Os olhinhos azuis feito o céu me olham curiosos, os cabelinhos castanhos claros estão bagunçados sobre sua cabecinha.
— Nós vamos cuidar de você, pequenina. Vamos dar todo amor e carinho que você merece, florzinha... — Leio o nome na corrente. — Mirella Beault.
Agora espero que continuem acompanhando e comentem suas opiniões sobre a história. Beijo!
Thanks!
Kess.
10.01.2016
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Inocência✓ - Livro 1 da série Corrompidos.
RomanceLivro I da série Corrompidos. Ela é inocente. Ele é perverso. Ela é tímida. Ele é bruto. Ela é pura. Ele é corrompido. Ela é doce. Ele é frio. Ela virou sua propriedade. Ele seu dono. Ela obedecia. Ele mandava. Ela aprendia. Ele ensinava. Ela era se...