Desligo o celular e observo o jardim escuro com Carl entrando pelo portão junto com alguns de seus homens vindo em minha direção.
— Onde o bicho foi visto por último? – Questiona olhando pelo lugar escuro.
— Ele foi para parte de trás, acenda as luzes que ainda não queimaram, se preciso for. – Ele assente e continua sendo seguido pelos outros em direção ao fundo da casa.
Volto para dentro de casa e vou em direção ao meu quarto buscando pela chave do carro e saindo em seguida, passo pela sala percebendo o olhar atento de Mirella sobre mim, a observo e seus olhos estão curiosos, mas logo os desvia do meu para televisão. Saio da casa observando que as luzes de trás do quintal estão acesas, e sigo para lá, passando pela parte mais escura do quintal, a parte arvorada. Assim que chego, observando as luzes iluminando a piscina inacabada, o chão apenas no concreto e a pequena grama que deveria ter, já invadindo a calçada. Carl segura o bicho com marcas de arranhões nos braços expostos, assim como o Ben, um dos dois outros homens que o acompanham.
— Essa criatura é uma peste! — Ben exclama observando seus arranhões.
— Ainda não tenho certeza se é um gato realmente – Carl comenta erguendo o animal, o observando atentamente e se virando para mim.
— Deixe esse bicho preso em algum lugar na lavanderia. Quando eu voltar decido o que fazer com isso. – Ele me olha e assente.
Volto para frente de casa e disco o número da Susie que atende após dois toques.
— Estevan?
— Preciso de seus serviços.
— Para você? Faço com prazer, muito prazer – sua voz sai brincalhona, mas eu sei que ela fala a verdade.
— Não é pra mim, obviamente. Apareço por aí em alguns minutos. – Desligo sem esperar por respostas, sei que ela vai estar me esperando de qualquer forma.
Abro a porta da sala vendo Mellanie e Mirella conversando enquanto passa um filme qualquer na TV, interfiro a conversa chamando-a:
— Mirella. – As duas me olham, Mirella com o olhar curioso de sempre, mas levemente assustado, como antes. – Venha cá. – Ela olha para Mellanie que já observa a televisão e olha ao redor, para depois fixar seu olhar confuso em mim. – Anda logo! – Ralho, Mirella levanta arrumando a calça de moletom que usa e vem na minha direção, eu aproveito para observar suas curvas abraçadas pelo tecido da calça e pela blusa de alcinha que envolve sua cintura e seus seios, por fim chego ao seu rosto angelical, a boca desenhada e levemente rosada, e seus olhos azuis claros, que não retribuem meu olhar.
Seguro seu braço e a puxo para fora da casa, fechando a porta em seguida. Sinto seu corpo se retrair o meu toque e ignoro totalmente a levando até o carro. Abro a porta do passageiro e ela me olha assustada parando na frente.
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Inocência✓ - Livro 1 da série Corrompidos.
RomanceLivro I da série Corrompidos. Ela é inocente. Ele é perverso. Ela é tímida. Ele é bruto. Ela é pura. Ele é corrompido. Ela é doce. Ele é frio. Ela virou sua propriedade. Ele seu dono. Ela obedecia. Ele mandava. Ela aprendia. Ele ensinava. Ela era se...