XII.✓

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Mirella dorme em meus braços, confortavelmente

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Mirella dorme em meus braços, confortavelmente. Sua cabeça está sobre um deles e suas pernas encolhidas próximas da minha cintura. Um de seus braços está sobre meu peito e sua respiração é calma. Ela está completamente nua. Sua pele clara e delicada está marcada onde há mais pressão pelo lençol ou pelo meu corpo, seu cheiro está impregnado em mim e uma leve camada de suor cobre sua pele aveludada.

Lentamente meus dedos percorrem suas costas nuas, fazendo um carinho leve e delicado. Percebo seu corpo se arrepiar e sua respiração pesar aos poucos.

Ela está acordando.

Meus dedos vão e voltam em sua coluna, chegando na nuca e descendo até sua bunda. A mão que está em cima do meu peito se move, delicada, espalmando e forçando para levantar seu pequeno corpo. Seus olhos brilhantes como um garnet azul me olham curiosamente para logo em seguida descerem por meu peitoral e suas bochechas ganharem um tom avermelhado. Ela desvia seus olhos para longe e puxa os lençóis para cima de si, cobrindo sua nudez enquanto se afasta lentamente, envergonhada.

Meu corpo se estica e os nós de meus dedos acariciam sua face corada, sentindo seu calor. Ela se encolhe mais, abaixando o olhar.

— O que foi, Mirella? — Pergunto calmo. Ela me observa e abraça os lençóis em volta do seu corpo.

— Não é nada — sussurra, claramente está mentindo.

— Sabe — me sento na cama —, a coisa que mais odeio é que mintam para mim. — A olho intensamente. — E você está mentindo. — Seus olhos se arregalam. — Vou repetir só mais uma vez: o que foi? — Sua respiração está desregulada.

— Eu quero voltar para meu quarto, Estevan... — sussurra baixo.

— Senhor. — Ela me olha confusa.

— O quê?

— Não me chame de Estevan. Para você é Senhor Estevan. — A vejo engolir em seco.

— Por quê?

— Porque você está aqui para me obedecer. — Desvia o olhar.

— E se eu não obedecer? — Sussurra a pergunta.

— Haverá consequências — meu tom é seco. Seu olhar vem sobre mim novamente, desesperado.

— Que... tipo de... — aperta seus braços ao seu redor — consequências? — Finaliza com a voz trêmula.

— Do tipo que você não gostaria. — Ela se afasta mais ainda, chegando na ponta da cama.

— Você vai me machucar? — Sua voz sai cada vez mais baixo.

— Se for preciso, sim. — Tenta se afastar mais e quase cai, se segurando na cama e enrolando o lençol ao seu redor de pé com os olhos arregalados, completamente apavorados.

Inocência✓ - Livro 1 da série Corrompidos.Onde histórias criam vida. Descubra agora