XVIII.✓

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Acordo e observo Estevan dormindo tranquilamente, ele está tão calmo e aquela nuvem negra que parece estar sempre presente em cima de sua cabeça, mesmo quando ri, agora não existe

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Acordo e observo Estevan dormindo tranquilamente, ele está tão calmo e aquela nuvem negra que parece estar sempre presente em cima de sua cabeça, mesmo quando ri, agora não existe. Só a calmaria e o silêncio acolhedor.

Ele começa a se movimentar e eu volto a fechar os olhos, como se ainda dormisse. Estevan tira seu braço de debaixo da minha cabeça, delicadamente. Sinto o toque suave de seus dedos na minha boca, depois seus lábios depositam um beijinho em minha testa e sinto o colchão se movimentar com a ausência de seu peso. 

Quando ouço a porta do banheiro sendo fechada, volto a abrir os olhos. Procuro por minha calça pelo quarto e a encontro próxima a porta do closet. Fico alguns minutos sentada na cama, encarando a roupa. Decido pegar ela logo e voltar para meu quarto. Assim que a pego vou até a porta e abro no mesmo instante que Estevan abre a do banheiro. Ele fica me olhando e eu também o encaro. Não falamos nada. Abaixo a cabeça e saio do quarto, fechando a porta atrás de mim.

Corro até meu quarto e me jogo na cama. Puxo a coberta para me cobrir até a cabeça, me encolho e abraço um travesseiro fortemente, querendo dormir novamente. O que, depois de muito tempo rolando pela cama e meu pensamento emergindo em tudo que aconteceu ontem, eu consigo.

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— Bom dia, Mary. – falo entrando na cozinha. Ela me olha e sorri.

— Bom dia, Mirella. Dormiu bem? —Pergunta enquanto termina de lavar algumas louças.

— Dormi sim e a senhora? — Respondo e pego um pano de prato para secar as louças.

— Digamos que sim. — Suspira e me olha. — O que está fazendo? — Aponta o pano nas minhas mãos.

— Vou te ajudar. — Pego um copo e começo a secar. — O que houve com aquele rapaz de ontem? Ele está bem? — Ela respira fundo.

— Está sim. Por sorte está.

— O que ele é seu? E por que o Estevan fez aquilo com ele? Quem é Ester? — Ela me olha com os olhos arregalados.

— O quê? Quem te contou sobre ela? — Para de lavar um prato e olha para os lados abaixando o tom de voz.

— O rapaz citou o nome dela. Por quê? Quem é ela?

— Quieta! Não diga mais esse nome aqui. Nunca mais. — Adverte preocupada. Sussurrando continua: — Isso não é assunto seu. Esqueça. — Volta a lavar o prato.

— Mas o que aconteceu com aquele rapaz? Por que o Estevan o bateu?

— Por Deus, Mirella! Já disse: isso não lhe diz respeito. Não se intrometa! — É severa.

— Desculpa — sussurro arrependida. Não devia estar atormentando ela, mas minha curiosidade é maior que minha capacidade de me controlar.

Continuo secando a louça, ela me olha com uma expressão arrependida.

— Desculpe, querida. Não queria ter sido grossa.

Inocência✓ - Livro 1 da série Corrompidos.Onde histórias criam vida. Descubra agora