XXXIII.✓

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Deposito o pequeno corpo da Mirella na cama e me levanto

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Deposito o pequeno corpo da Mirella na cama e me levanto. Ontem foi a melhor noite que tive durante essa semana conturbada, a noite que consegui dormi, mesmo ainda estando preocupado, mas sabia que ela estava em meus braços.

Tomo um banho rápido e visto o primeiro terno que encontro, saio do quarto no maior silêncio possível. Mary já arrumou a mesa e está apoiada no batente da porta da cozinha para sala de jantar olhando o nada.

— Bem que Mirella disse que você anda muito dispersa. — Ela se assusta inicialmente, mas depois abre um pequeno sorriso.

— Então falou com ela — comenta enquanto me sento e pego uma xícara depositando café em seu interior.

— De madrugada ela apareceu no meu quarto. — Mary levanta a sobrancelha intrigada. — Disse que estava com medo. Só não sabia do que.

Ela assente.

— Mirella sente isso, percebe que você nem fica em casa direito e, com certeza, percebe que eu também estou mais calada que o normal. Ela vive me enchendo de perguntas sobre isso, sobre o por que de você não ficar mais em casa e também sobre essa quantidade de seguranças por aqui. — Suspira. — O único momento que ela menos fica pensando nessas coisa, provavelmente deve ser quando o Caio vem.

Olho interrogativo. Que merda é aquela?

— Caio? Quem diabos é Caio? — Mary revira os olhos com um sorrisinho debochado.

— O jardineiro, oras!

Bufo.

— Não gosto daquele lá.

— Não gosta por quê? — Não respondo e continuo encarando a fumaça saindo da xícara. — Nem motivos tem. Só não gosta porque está enciumado — constata me fazendo levantar o olhar na sua direção, cerro os olhos observando seu sorriso ridículo nos lábios.

— Por favor, né, Mary. — Desvio os olhos e tento desconversar. — Não gosto dele pelo simples fato de não confiar, principalmente depois do que ele te disse.

— Pode ser apenas uma coincidência — da de ombros.

— Ou não.

°

Assim que entro, Gilee já está no meu encalço perguntando sobre os próximos eventos.

— Gilee — ele se silencia —, a partir de hoje você pergunte essas coisa para Anna. — Me olha confuso.

— Mas sou o seu assistente — fala o óbvio.

— Você era. — Seus olhos se arregalam.

— Co-como assim, chefinho? Estou sendo demitido? — Pergunta gaguejando e desesperado. — Você melhor que ninguém sabe que preciso muito desse emprego...

— Não é você quem está saindo. — interrompo, seus olhos se arregalam ainda mais. — Sou eu.

— O... O quê?! — Questiona descrente. — Você...? O quê?

— Estou saindo Gilee. Não posso mais ficar aqui. — Aproximo-me dele e falo mais baixo. — Aqueles filhos da puta encontraram minha casa e estão me vigiando. Pela segurança dela, precisamos sair daqui. — Me afasto e continuo guardando meus poucos pertences em uma caixa.

— E vão pra onde, Estevan?

— Não sei ainda, talvez pra L.A. ou... Não sei.

— Calma, você não pode jogar uma bomba dessas em mim e achar que está tudo bem. Precisa ao menos me dizer onde vão ficar! — Exige. — Como vou saber se estão bem, se aqueles malditos conseguiram pega-los ou, pior, se...

— Eu te mantenho informado.

— Estevan! Não, não mesmo...

— Tenho que ir — o corto e seus olhos já estão marejados.

— Você não pode... simplesmente ir! E seu amigo aqui? Como fica? — Sorrio.

— Assim que me estabilizar eu lhe digo, talvez fique em uma das sede da empresa. Fique tranquilo, vamos ficar bem. — Ele me abraça e não tem como não retribuir. Gilee é meu melhor amigo, apesar de tudo, ele esteve comigo em todos os momentos da minha vida. Ele sabe mais sobre mim do que eu mesmo seria capaz. — Sentirei sua falta, irmãozinho — confesso.

— Eu sei que vai! — Se gaba.

°

Depois das despedidas e de confirmar com Anna que eu estava à caminho de casa, já está escurecendo, quando recebo uma chamada de Carl e meu coração já quase salta pra fora. Não pode ser boas notícias.

— O que aconteceu, Carl?

Eles estão armados e na frente do portão. Querem a garota ou matam Mary.

Meu coração falha uma batida.

— O quê? Como pegaram Mary?

Nós não sabemos. Parece que ela quebrou o regulamento de não sair da casa e foi até o mercado em busca de alguma coisa e eles a pegaram.

— Maldição! — Dou um soco no volante enquanto acelero até sentir que o pedal do acelerador não tem como se mover mais.

Thanks!

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Thanks!

Kess.

02.07.2016

Inocência✓ - Livro 1 da série Corrompidos.Onde histórias criam vida. Descubra agora