Livro I da série Corrompidos.
Ela é inocente.
Ele é perverso.
Ela é tímida.
Ele é bruto.
Ela é pura.
Ele é corrompido.
Ela é doce.
Ele é frio.
Ela virou sua propriedade. Ele seu dono. Ela obedecia. Ele mandava. Ela aprendia. Ele ensinava. Ela era se...
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Maldição! Eu não sei o que é! Do que diabos ela está falando? Por que ela simplesmente não explica? Inferno de mulher!
Praguejo todos os xingamentos tentando raciocinar sobre o que ela falava. Será que vai embora e está só fazendo eu pensar que haverá uma saída? Mas que porra!
Saio da sala e encontro Rose no caminho.
— Onde ela está? — Pergunto irritado.
— Mirella?
— Não, Branca de Neve! — Respondo grosseiro. Rose arregala os olhos e responde de imediato:
— No quarto, ela está junto com Alyne...
Saio sem esperar que conclua a frase. Subo os degraus de três em três, abro a porta do quarto e as duas estão sobre a cama rindo. Alyne me olha assustada e logo se levanta.
— Preciso falar com Mirella um momento, Alyne — me esforço para soar tranquilo, apesar dos meus olhos provavelmente me denunciaram.
— Claro.
A garota sai do quarto e caminho até a cama, de onde Mirella continua me observando curiosa.
— Mirella, eu não sou a porra de um adivinho. Do que está falando? O que eu preciso fazer?
Ela revira os olhos.
— Eu quero terminar meus estudos. E depois fazer uma faculdade. É só o que te peço.
A encaro sem entender. Ela me fez ficar remoendo cada atitude que tive com ela pra isso?
— Você...? O quê?
— Estevan — calmamente ela se aproxima e pega minha mão —, você só precisa me deixar concluir meus estudos. Não estou te pedindo o mundo, só te peço isso.
Arranho a garganta antes de responder.
— Você quer estudar? — Confirma. — Em uma escola? — Novamente balança a cabeça confirmando. — Com outras pessoas aleatórias e desconhecidas nela?
— Se é uma escola, Estevan, vai ter pessoas aleatórias e desconhecidas — fala com um sorriso compreensível.
— Mas... Mirella isso...
— Isso?
— Eu não gosto disso. — Seu sorriso aumenta e ela acaricia minha mão.
— Você não tem que gostar. — Bufo.
— É claro que tenho! — Rosno irritado. Solto sua mão e levanto da cama ficava de costas.
— Santo Deus, Estevan! Só quero estudar, qual problema nisso? — Pergunta impaciente também.
Eu não sei qual o problema, só não gosto dessa ideia.
Não, talvez eu saiba. Se ela entrar em uma escola ou faculdade, ela vai conhecer outras pessoas, outros homens... Argh! Só de pensar em algum merdinha filho da puta tocando nela...
