XI.✓

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Acordo me sentindo leve, abro os olhos e estou no mesmo quarto de ontem

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Acordo me sentindo leve, abro os olhos e estou no mesmo quarto de ontem. Completamente nua. Lembro-me de tudo o que aconteceu aqui com Estevan e sinto meu rosto arder com as lembranças.

Meu Deus! O que eu fiz?

Retiro a coberta de cima de mim e vou correndo para o banheiro.

Por que deixei que ele me tocasse daquela forma? Por que não o impedi?

Talvez porque ele disse que deveria obedecê-lo!

Talvez porque tenha gostado!

Paro na frente do espelho observando as manchas vermelhas na minha pele, no meu pescoço, nos meus seios, e as marcas da sua mão em ambas as coxas.

Meu rosto fica ainda mais vermelho. Começo a sentir a mesma coisa que senti quando ele me tocou, só que agora em menor quantidade. Como se fosse uma vibração, talvez uma coceira diferente, um pequeno incomodo que é ao mesmo tempo bom e ruim, no meio das minhas pernas. Não sei o que é isso, nunca tive! Tem alguma coisa de errada comigo!

Tomo um banho rápido, visto um vestido azul que encontro no guarda-roupa, assim como roupas íntimas.

Não sei quando colocaram lá e prefiro não tentar descobrir.

Descido sair do quarto e, para minha surpresa, a porta não está trancada. Abro e um corredor de paredes brancas se estende, tem mais três portas além da minha, uma delas fica em frente.

Passo por elas e chego numa escada. Olho lá para baixo e já vejo uma sala, dois sofás grandes e duas poltronas pequenas, uma mesinha no meio e uma televisão que parece bem moderna na frente.

Lentamente desço, sentindo o chão absurdamente gelado sobre meus pés, me fazendo sentir frio apenas com esse vestido fino de alcinhas. Chego na sala e vejo uma porta que provavelmente deve ser a saída, mas quando olho para o lado, tem uma passagem para o que acredito ser outro cômodo da casa.

Sigo para lá, não sei o porquê.

Uma sala grande com uma mesa no centro escura. Sala de jantar. Passo por ela e entro em outra passagem, é a cozinha. Uma mulher entra por uma porta de costas para mim, carregando diversas sacolas. Penso em sair antes, mas ela se vira de uma vez sem me dar chances.

A mulher estaca onde está, fica me observando com os olhos arregalados, mas logo se recompõe e sorri colocando as sacolas no chão.

— Acordou cedo. — Aproxima-se e estende a mão em cumprimento. — Sou Mary, a governanta. — Continuo onde estou, sem falar nada. Ela abaixa a mão parecendo constrangida. — Estava preparando o café da manhã. — Aponta para a mesa onde tem diversas comidas. — Venha, pode se sentar. Coma o que quiser. — Indica enquanto recolhe as sacolas no chão, guardando seus itens no armário e na geladeira. Ela ri e volta a me olhar. — Pode se aproximar, eu não mordo. — Se levanta e se aproxima de mim novamente, fazendo eu me afastar, mas ela se aproxima mais colocando a mão em minhas costas me guiando para mesa. — Você deve estar com fome, coma algo.

Inocência✓ - Livro 1 da série Corrompidos.Onde histórias criam vida. Descubra agora