XXXIV.✓

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Quando levanto Estevan, claro, já saiu, só seu cheiro que permaneceu no quarto

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Quando levanto Estevan, claro, já saiu, só seu cheiro que permaneceu no quarto. Depois de tomar café com uma Mary mais comunicativa que dos outros dias, resolvo levar Frederico para o jardim, Caio está lá e ficamos conversando banalidades por um tempo até que ele fica me encarando fixamente e constrangida pergunto:

— O que foi?

— Você... — Toca meu rosto com sua mão limpa, seus olhos varrem cada parte dele. — É tão parecida com... — desvia o olhar balançando a cabeça em negativo.

— Com quem? — Ele sorri voltando a me olhar e continua arrumando as flores.

— Ninguém, só alguém conhecido. Mas nada de importante, afinal, você só parece com ela. — Franze o cenho me observando. — Parece muito. Mas dizem que temos mais de sete pessoas super parecidas com a gente no mundo, certo?

Concordo dando de ombros sem dar muita importância e voltamos a falar sobre as plantas. Mais tarde Caio vai embora e eu entro para almoçar, Mary comenta que já está frustrada por essa quantidade de seguranças em volta da casa. Ajudo-a a limpar as louças sujas e guarda-las, depois resolvo pegar um dos livros que está em inglês da estante da televisão e começo a lê-lo na sala na companhia do Frederico. Nem vejo a hora passando entretida com a história quando percebo vozes mais altas vindo de lá de fora, olho pela janela e todos os quatro seguranças estão no portão. Imediatamente, movida pela curiosidade, corro até lá, mas antes de alcançar o portão sou barrada por um brutamontes loiro dos olhos escuros.

— Senhorita, por favor, volte para dentro.

Ouço ao fundo alguém falar sobre a Mary e uma arma apontada para ela, arregalo os olhos e empurro o homem para que ele me solte.

— O que está acontecendo? É alguma coisa com Mary? — Ele não responde e começa a me puxar de volta a casa. — Me larga! — Exijo.

— Senhorita, por favor...

— Solte ela, Pietro. — Carl, o moreno do outro dia, aparece. O tal de Pietro me larga e caminha de volta para o portão.

— O que está acontecendo? — Pergunto me aproximando dele.

— Olha mocinha — ele se abaixa na minha frente e toca no meu ombro, me observando sério —, vou ser honesto com você. Só não seja histérica e nem infantil. — Concordo rapidamente e ele continua: — Mary está na mira de um dos comerciantes. — faço uma careta confusa e ele bufa impaciente. — As mesmas pessoas que lhe entregaram ao Estevan. — Engulo a seco. — Eles querem você e estão usando Mary apenas como refém, se você me ajudar podemos tira-la de lá. — Concordo e viro-me com intensão de seguir até o portão — Ei! — Carl me chama novamente, o olho e ele está com a testa franzida — Não vai perguntar o que tem que fazer, se vai ficar bem?

Balanço a cabeça negativamente.

— É por minha culpa que eles pegaram a Mary, não importa o que vai acontecer comigo desde que ela e todos vocês fiquem seguros. — Ele ergue as sobrancelhas, mas apenas confirma com a cabeça me guiando logo depois.

Inocência✓ - Livro 1 da série Corrompidos.Onde histórias criam vida. Descubra agora