XVI.✓

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Saio do quarto já pronto e quando entro no corredor dos outros quartos, Keel está saindo do quarto da Mirella, os dois estão juntos

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Saio do quarto já pronto e quando entro no corredor dos outros quartos, Keel está saindo do quarto da Mirella, os dois estão juntos. Ele me vê e a solta rapidamente.

— Bom dia, adorável maninho! — Ainda todo sorridente vem em minha direção.

— Nem vem. — Percebo o olhar curioso da Mirella na nossa direção, mas assim que nosso olhar se encontra, ela se vira e vai até o outro quarto, sai de lá com a diabinha do Keel. Jess me olha e olha para o Keel abaixando a cabeça em seguida e andando em direção das escadas na nossa frente.

Depois deles tomarem café da manhã feito pela Mary, pegam suas poucas coisas e colocam no carro do Keel. Saímos lá fora e ainda está parcialmente escuro. Deve ser por volta das 04:30 da manhã.

Percebo que por mais triste que Mirella esteja pela partida da amiga, está encantada com o gramado e as flores. Seus olhinhos brilham aqui fora.

— Você devia deixar ela ficar mais tempo aqui. — Desvio meu olhar dela rapidamente e observo Keel. — É sério, olha como ela fica feliz.

— Não estão esquecendo nada, né?! Espero que não, se estiverem vou jogar fora — falo alto para que a demoniazinha ouça.

Keel balança a cabeça negativamente para mim e abraça Mirella que já está aos prantos. Ele fala alguma coisa no ouvido dela, sempre me olhando, e ela apenas assente. Quando vai abraçar Jess, chora mais ainda e elas ficam alguns minutos abraçadas cochichando. Quando se separaram, Jess vai ao encontro do Keel que já a esperava próximo ao carro. Ela entra sem olhar para trás.

Mirella fica observando o carro sair e continua alguns minutos olhando o portão já fechado. Lentamente me aproximo colocando de leve minha mão em seu ombro para guiá-la para dentro, mas sou surpreendido quando Mirella se vira e me abraça. Não faço nada inicialmente, mas depois me abaixo e a abraço.

— Vou sentir muita falta dela — sussurra com a voz atrapalhada pelo choro.

— Eu sei que vai. Agora... — A afasto de leve limpando seu rosto. — Vem, vou leva-lá ao seu quarto. Durma um pouco, vai ser melhor.

Assente e eu a levo até seu quarto, a deito na cama e a cubro. Ela já não chora mais, mas seus olhos estão vermelhos, assim como o nariz e as bochechas. Mirella fecha os olhos e abraça o travesseiro, mas ainda segura minha mão. Espero um pouco e quando acho que ela está dormido, me levanto retirando minha mão da sua de leve. E quando faço isso, ela abre os olhos assustada.

— Aonde vai? — Pergunta receosa.

— Para o meu quarto — respondo surpreso por ela ainda estar acordada.

— Ah... — Abaixa a cabeça, tímida.

— Se você não se sentir bem ou qualquer coisa, pode ir lá. — Mirella assente e eu saio do quarto em direção ao meu.

Inocência✓ - Livro 1 da série Corrompidos.Onde histórias criam vida. Descubra agora