Livro I da série Corrompidos.
Ela é inocente.
Ele é perverso.
Ela é tímida.
Ele é bruto.
Ela é pura.
Ele é corrompido.
Ela é doce.
Ele é frio.
Ela virou sua propriedade. Ele seu dono. Ela obedecia. Ele mandava. Ela aprendia. Ele ensinava. Ela era se...
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Levanto-me ouvindo vozes alteradas. Vou até o banheiro e lavo meu rosto e escovo os dentes rapidamente, coloco um vestido azul escuro e saio do quarto. Conforme me aproximo da escada, as vozes ficam cada vez mais altas.
— O que está acontecendo? — Dou um pulo de susto com a voz da Jess logo atrás de mim. Me viro para ela que também está concentrada no que acontece lá em baixo.
— Que susto você me deu — reclamo.
— Foi mal. — Sorri se aproximando mais de mim. — Mas o que está havendo lá em baixo?
— Não sei.
— Então vamos ver. — Segura meu pulso me puxando.
— Mas Jess... — Ela não me da ouvido e continuamos descendo lentamente, quando chegamos a sala, as conversas vem da sala de jantar. Consigo ouvir a voz do Estevan e a outra... Eu conheço aquela voz!
Olho para Jess que me observa com olhos arregalados.
— Sabia que ele não tinha simplesmente nos abandonado aqui! — Exclamo e ela abre um meio sorriso, o primeiro de muito tempo, e saímos correndo em disparada até a sala de jantar.
Posso ouvir cada vez com mais clareza o que eles falam conforme nos aproximamos.
— Não foi isso o combinado! Eu levaria as dua... — Keel se cala assim que entro na sala. Os dois me olham surpresos, mas apenas ignoro e corro até o Keel o abraçando forte. Ele demora, mas retribuiu desajeitadamente.
— Keel! Que bom que está aqui — falo baixo. Ele me olha sorrindo e abre a boca para me responder, mas sou puxada de seus braços violentamente. Ele ameaça vir na minha direção, mas para quando seu olhar pousa na Jess, ainda parada na entrada da sala de jantar. Olho o Estevan que segura meu braço com força. Ele observa o Keel e quando o mesmo o olha, Estevan faz um sinal com a cabeça, indicando a Jess.
Keel vai em sua direção e se abaixa na frente dela. Ele fala alguma coisa, mas é muito baixa e não consigo ouvir. Aproveito para tentar me soltar de Estevan, mas ele continua com seu aperto firme em mim.
— O senhor está me machucando... — resmungo e seus olhos caem sobre mim. — Por favor... me solta. — Minha voz sai muito baixa. Ele solta meu braço e sua mão vai até minhas costas, como se fosse me guiar para fora dali, mas não me movo.
— Vem, vamos comer alguma coisa — sua voz sai de uma forma baixinha, mas muito autoritária me fazendo obedecê-lo de imediato. Estevan me leva até a cozinha onde a mesa já está repleta de comida.
Ele senta e indica uma cadeira para eu me sentar ao seu lado. O faço.
— Gosta de café? — Pergunta pegando a garrafa de café.
— Hm, prefiro leite — respondo pegando a caixa de leite. Percebo ele sorrindo, quase rindo, então pergunto: — O que foi? — Sorri ainda mais.
