XVII.✓

20.7K 1.5K 84
                                    

Saio do banho e coloco uma camiseta pólo com uma calça de algodão, Mary comprou essas e outras roupas para mim mais cedo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Saio do banho e coloco uma camiseta pólo com uma calça de algodão, Mary comprou essas e outras roupas para mim mais cedo. O clima está ficando mais frio e vestidinhos não vão me esquentar. Prendo meu cabelo em um coque e desço rapidamente até a cozinha. É hora de fazer o bolo com a Mary! E eu adoro cozinhar!

Caminho em paços largos até a cozinha e escuto Mary conversando com alguém. Paro na porta e espio tentando ver quem é, um homem grande e forte está na frente dela a segurando na cintura. Seu olhar para ela é doce e Mary sorri com facilidade toda vez que ele aproxima mais seu rosto do dela e ela se afasta.

Quando eles param de falar eu resolvo entrar.

— Mary? — Chamo para que notem minha presença, os dois me observam parecendo surpresos e o homem da um olhar estranho na direção da Mary, depois volta a me olhar e sorri de um modo gentil como se não tivesse a intensão de falar comigo, mas queira ser educado mesmo assim.

— Ah, Mirella, já começamos — Mary avisa, me sento na cadeira e eles voltam a conversar, bem mais baixo dessa vez.

Tudo que vamos usar para fazer o bolo já está sobre a mesa. Aproveito para, já que não faço nada, ler o que é usado na fabricação, quando foi feito, e seu vencimento, de tudo sobre a mesa. Até a que porta da cozinha, que da para os fundos, ser aberta e um homem entrar por ela. Ele olha para Mary e depois para o homem ao lado dela e confirma positivamente com um leve aceno de cabeça.

— Espere aqui, já voltamos. Mas não saia daqui — Mary ordena a ele e sai junto com o homem com quem estava falando antes do jovem chegar.

O rapaz me olhou e sorri, depois se aproxima sentando na cadeira na minha frente. Ele parece ser jovem, talvez na mesma faixa de idade do Estevan. Não olho para ele enquanto faz o percurso. Continuo tirando um pedacinho da embalagem do leite com a unha.

— Então, qual seu nome? — Pergunta, mas eu não respondo nada. Finjo não estar ouvindo apesar de ser impossível. Estamos só a alguns centímetro de distância. Continuo desgrudando uma ponta da caixa do leite. — Ei, estou falando com você, é surda por acaso? — Ele levanta e anda até a porta da cozinha contrariando tudo que a Mary havia dito sobre não sair do lugar, depois volta e abre a geladeira.

Pega uma jarra com suco e deposita sobre a mesa, colocando o líquido dentro de copo, depois se senta e o bebe vagarosamente.

— Então? — Estala os dedos na frente do meu rosto, em seguida arranca a caixa de leite de minhas mãos. Pela primeira vez levanto meu olhar para ele que me observa sorrindo amigavelmente. Ele parece ser uma pessoa legal, mas alguma coisa em mim não deixa que eu fale com ele. — É muda? — Pergunta ainda sorrindo de um jeito simpático.

— Talvez ela só não queira gastar saliva com alguém como você — a voz forte do Estevan sai da outra porta de entrada, pela sala de jantar. O olho assustada, ele me olha de um jeito duro.

Inocência✓ - Livro 1 da série Corrompidos.Onde histórias criam vida. Descubra agora