Bom, ainda faltavam 20 minutos para chegar na faculdade e a chuva não ia parar tão cedo.
Olhei pra frente novamente e Justin me encarava, esperando algum tipo de reação e eu respirei fundo andando até la.
Assim que encostei na porta para abri-la, um taxi passava, talvez procurando por um passageiro e bom, ele achou porque desisti do Justin no mesmo minuto que fiz o sinal pro taxi parar.
Justin me olhou confuso e eu fui na direção do taxi, abri a porta e entrei. Deixando Justin sozinho com a sua ferrari estupida.
- Nossa, que carrão aquele ali hein! - O taxista disse e eu assenti concordando. -
- Universidade Otis, por favor. - Pedi e ele assentiu. -
O taxista deve ser um homem gente boa, já que ele veio falando sobre carros e essas coisas o caminho inteiro e eu não prestei um pingo de atenção. Minha cabeça estava em outro lugar e Justin era o motivo disso.
E por uma distração, olhei pra trás e o que eu menos esperava ver estava la. Justin nos seguia com a sua Ferrari e eu respirei fundo.
O taxi chegou e foi só ai que eu lembrei que eu não tinha dinheiro. Absolutamente nada, nem mesmo no meu apartamento. Se tivesse la devia ser no máximo cinco dólares. E então, a minha única solução foi sorrir e dizer:
- O meu amigo, dono da Ferrari aqui atrás vai pagar. - Falei e ele assentiu enquanto eu saía do carro e corria para a porta da republica. -
Ouvi a porta de um carro sendo batida e eu olhei pra trás. O taxista estava cobrando Justin e o mesmo olhou pra cá antes de pegar a carteira e pagar. Bom, pelo menos isso ele fez.
Logo entrei na republica e fui em direção ao elevador. E enquanto eu esperava foi impossível não chorar.
Eu estou literalmente fodida.
Se eu ligar pra minha mãe e falar que eu não tenho dinheiro, ela vai mandar que eu volte pro Brasil e eu vou ter que ouvir por horas um discurso de como sou irresponsável e bla bla bla.
Meu choro e meus soluços estavam tão altos que eu não percebi que Justin estava do meu lado. Olhei pra ele e ele ergueu os braços para um abraço e sem pensar duas vezes eu o abracei.
Porque mesmo estando puta de raiva, ele era a única pessoa ali comigo e eu precisava muito de um abraço.
- Não chora Carrie, me desculpa por favor! Eu sou um idiota. - Falou no meu ouvido e meu corpo inteiro se encheu de arrepios. -
O elevador finalmente chegou e nós entramos, seu braço ainda estava em volta dos meus ombros e minha cabeça estava encostada no seu peito.
Por que estou agindo assim com ele, como se nada tivesse acontecido? Bom, talvez deve ser porque ele é o meu ídolo e eu sempre sonhei com esse momento. Só não estou chorando mais porque meu estoque de lágrimas acabou por hoje e a minha cabeça estava quase explodindo.
Chegamos no meu andar sem ao menos falar uma palavra e eu abri a porta do quarto, dando espaço para que ele entrasse depois de mim.
- Quarto legal... - Falou e eu sorri sem mostrar os dentes. -
- É...
- Olha Carrie, precisamos conversar. Eu sei que você está cansada mas...
- Justin, podemos conversar isso em outra hora? - Perguntei interrompendo e antes que ele pudesse protestar, comecei a falar novamente. - Não sei se você percebeu, mas eu estou encharcada, meus pés doem a cada passo que eu dou e eu estou completamente fodida. Eu quero muito ter essa conversa também, mas pode ser depois que eu tomar um banho? -
- Tudo bem... - Respondeu e eu agradeci mentalmente por ele ter concordado. -
- Senta ai, não vou demorar. - Falei enquanto entrava no banheiro e tirava a minha roupa. Logo, liguei o registro e eu senti a melhor sensação do mundo quando a minha pele entrou em contato com a água quente.
Fiquei alguns minutos curtindo a água e lavei o cabelo. Me banhei e quando acabei, desliguei o chuveiro e estiquei a minha mão para pegar a toalha do lado de fora do box mas, eu não a senti ali.
Puta merda, eu esqueci a toalha no armário.
Olá abigas, sei que já falei mas, como sei também que tem mina que nunca lê o que eu falo no final vou falar de novo: Pra quem gosta de fic criminal, eu escrevo uma. É só ir no meu perfil e ver a "Amor Indomável" xx