Estávamos em um parque, bem tranquilo. A unica coisa que não me agradou foi o idiota do Justin me acordando ás oito da manhã para que viéssemos aqui.Ele dormia muito pouco, e isso estava começando a me preocupar.
Agora, chegava perto do meio dia. E eu pensava em qual restaurante podíamos ir para almoçar.
Caleb brincava com alguns brinquedos e eu assistia Justin conversar com um cara mais á frente, perto do lago para que pudéssemos andar no pedalinho, como um casal de jovens normal.
E então ele voltou, com a cara um pouco emburrada e eu suspeitei que o cara não havia conseguido um pedalinho para andarmos.
- Ele disse que podemos ir enquanto ele fica com o Caleb. - Falou e eu suspirei, desaprovando a ideia na mesma hora. -
- Por que Caleb não pode ir conosco?
- Ele disse que se algo acontecer, nós sabemos nadar. Mas, Caleb não. - Fazia sentido. -
- Precisamos arranjar uma babá. - Murmurei, enquanto ele se sentava ao meu lado e eu pegava minha bolsa para pegar o nosso lanche. -
- Minha mãe se ofereceu para cuidar dele. - Respondeu, e no mesmo segundo senti meu corpo se encher de raiva, por lembrar do que aquela vagabunda havia me falado. -
- Não acho que seja uma boa ideia. - Falei, implorando mentalmente para que ele não rendesse o assunto. Mas, é claro que ele renderia. -
- Por que? - Perguntou com o cenho franzido. -
- Porque Caleb não é fácil de cuidar, e sua mãe tem mais coisas para fazer Justin. Não vamos incomodá-la. - Respondi e ele bufou, me ignorando. Talvez para não começar uma discussão. -
- Enfim... o seu aniversário está chegando. - Falou e eu arregalei os olhos levemente ao me lembrar. -
Quase um ano atrás eu estava nesse momento, fazendo dezoito anos.
Porra, passa muito rápido.
Me lembrei das datas comemorativas de finais de ano que passei no Brasil, quando estava perto de ter Caleb. Eu sentia falta da minha gravidez, mesmo não tendo o pai presente eu me diverti muito sendo uma grávida, talvez porquê as pessoas me mimaram demais.
- É... Eu sei. - Murmurei, pegando as maçãs picadas na pequena vasilha e levando até a boca de Caleb. -
- Quer ter uma festa? - Perguntou e eu franzi o cenho. -
- Não tenho dinheiro.
- O quê? - Fez uma pausa, indignado com a minha resposta. - Bom... Você sabe quem é o seu noivo? - Perguntou óbvio e eu revirei os olhos. -
- Justin, se você está achando que vou ficar dependendo de você, pode esquecer! Agora que voltei pra Los Angeles, quero terminar minha faculdade e arranjar um outro emprego. - Respondi e o mesmo revirou os olhos. -
- Essa sua humildade me enjoa. - Falou e eu ri, achando graça da situação. -
E alguns segundos depois, enquanto assistíamos o sol finalmente sair das grandes nuvens cinzas, me peguei encarando Justin.
E o quanto ele era perfeito demais. Seus olhos castanhos eram lindos, sua boca em um perfeito formato de coração tinha um tom rosado. Sua bochecha, com a famosa cicatriz, quase transparente. Tudo nele me fascinava.
Minha vida era um sonho.
- Cuidado pra não babar! - Falou, me olhando de canto me fazendo rir, um pouco sem graça. -
- Idiota. - Falei, sentindo a minha barriga roncar. -
- Argh, vamos almoçar? E depois passamos na casa da Maria. Anne me ligou, dizendo que ela vai ser liberada hoje á tarde. - Pedi, enquanto pegava Caleb no colo e lhe distribuía vários beijinhos pelo seu rosto, recebendo como resposta alguns resmungos por ele ainda estar com alguns restos de maçã na mão. -
- Vamos! Tudo bem, passamos lá depois que acabarmos de comer.
Nos levantamos e eu juntei as coisas para irmos embora. O segurança de Justin estava ao longe nos observando enquanto nos aproximávamos para que ele nos levasse ao restaurante.
{ ... }
Estava terminando de comer quando Justin teve que atender um telefonema, o que eu achei bem estranho já que ele não quis atender na minha frente.
O idiota foi pro lado de fora atender, onde tinha alguns paparazzis.
E então ele voltou, com uma cara nada agradável e eu suspirei. Já sabendo que quando eu perguntasse á respeito, ele me daria alguma tirada ou seria grosso.
- O que houve? - Perguntei. -
- Nada, vamos embora? Preciso passar no escritório dos meus advogados, eu peço pro Mike te deixar na casa da Maria, ok?
- Por que não posso ir junto?
- Por conta do Caleb. - Respondeu óbvio e eu franzi o cenho. -
- Ele não vai dar trabalho, eu quero ir com você. - Firmei a minha resposta e ele revirou os olhos. -
- Você que sabe... - Respondeu me fazendo bufar. -
Por que sempre tínhamos um jeito de ter uma dr, mesmo sendo pequena ou estrondosa? Nós sempre arranjávamos um jeito de ficar com raiva entre ambos os lados.
Depois de pagar a conta e sairmos do restaurante, estávamos indo ao escritório. E Justin estava muito tenso, começando a me deixar irritada já que eu não sabia o motivo da sua tensão.
Alguns minutos no trânsito foram o suficiente para que ele relaxasse um pouco. Mas, assim que chegamos no local, ele desceu do carro rapidamente e nem sequer me esperou descer também.
- Idiota... - Resmunguei enquanto pegava Caleb no colo e entrava no local. -
Olhei pros lados e vi Justin no fim de um corredor, comprimentando um homem extremamente alto de barba comprida.
Me aproximei rapidamente e ao me ver, o tal homem sorriu fraco estendendo a mão para um comprimento.
Me fazendo revirar os olhos mentalmente já que ele não havia percebido que eu estava com uma criança no colo e que um comprimento de vista era bem mais prático do que o físico
Estendi a mão depois de ajeitar Caleb em meu colo, fazendo o mesmo sorrir mais.
- Muito prazer, sou advogado do Justin. - Falou. -
- Ah... Oi. Eu acho que lembro vagamente de você, quando resolveu as coisas do Scooter no Brasil. - Respondi. -
- Sou eu mesmo!
Justin bufou impaciente, me deixando um pouco sem graça por ter um noivo tão ogro.
- E ai? Quem vai ser o meu novo empresário? - Perguntou ao seu advogado e eu me surpreendi com a pergunta. Me lembrando de que o Justin estava sem, desde o incidente com o Scooter. -
- Justin... Te apresento, Andrew Grutti. Seu mais novo empresário. - Respondeu, e saiu da sala que tinha do nosso lado, um homem, agora, bem menor em relação ao advogado. Sua cara era de pura irônia mas, acho que Justin não percebeu e eu estranhei a feição daquele homem. -
- Oh... Prazer, mas, eu já não te conheço de algum lugar? - Justin perguntou e ele sorriu. -
- Sim... Sou empresário da Hailey, também. Legal, não?
Alguem me dê o prêmio de garota mais azarenta do universo, por favor? Obrigada.