- Como você tem tanta certeza de que esse filho é seu? Puta que pariu Justin, eu sabia que uma hora ou outra essa vadia ia dar o golpe em você. Era só questão de tempo, e você claro, caiu na dela. - Scooter disse e eu revirei os olhos, xingando-o mentamente de todos os nomes possíveis. -
- Pelo amor de Deus, será que você pode calar a porra da boca? - Pedi, nervoso e ele soltou um riso debochado. -
- O moleque podia ter um ataque e morrer! - Falou e essa foi a gota d'água para que eu me levantasse e lhe desse um murro no nariz.-
Mike, meu segurança, logo se aproximou colocando a mão nos meus ombros, para que eu mantesse a calma. Mas, acontece que eu não estava aguentando mais. E eu me arrependi por não ter batido forte no nariz do Scooter, assim que ele começou a rir da minha cara.
- Quer levar outro? - Perguntei. -
- Você bate igual uma vadia Justin! Não fez nem cócegas. - Respondeu dando de ombros e eu puxei o seu cabelo pra frente para dar impulso e bati sua cabeça fortemente na parede. -
Pude ouví-lo gemer de dor e o empurrei, fazendo o mesmo cair no chão. Comecei a dar chutes e socos em seu rosto, e quando eu vi sangue sair do seu nariz, me deu mais vontade de espancar aquele filho da puta. Mas, algo me chamou atenção.
O seu celular havia caído ao seu lado. E eu o peguei rapidamente, enquanto ele se contorcia no chão. Pensei em várias senhas, e nenhuma desbloqueava aquela merda.
- Qual a senha pra desbloquear essa porra? - Perguntei chutando sua costela. -
Por um breve momento, olhei pros lados e respirei aliviado ao ver que ainda não havia chegado ninguém naquele local, já que aquela parte estava vazia. Mike me encarava, assustado e eu tentei ignorar.
- Nove, oito, sete, quatro. - Murmurou e eu digitei, fazendo com que a tela principal se abrisse. -
Abri seu Imessage e toda a raiva que segundos atrás, eu estava sentindo, voltou.
Porque o desgraçado havia mandado mensagens horríveis para a Carrie.
E sem pensar, joguei seu celular no chão com muita força e pisei encima.
Logo, voltei a lhe dar socos e chutes, agora gritando tudo que estava entalado na minha garganta, durante meses.
Mike, alguns segundos depois, achou que fosse a hora de intervir. Pois, Scooter já sangrava muito pelo nariz e estava quase inconsciente.
Ele o ajudou a se levantar e eu o encarei.
- Se você falar isso pra alguém Scooter, eu acabo com a merda da sua vida. - Falei e ele assentiu sem falar nada, por conta das dores. -
E quando eu olhei pro lado, Carrie observava tudo chocada e eu engoli em seco, pensando que ela brigaria comigo.
Mas, ela se aproximou e me deu um selinho. Caleb dormia em seus braços e eu fiz sinal para pegar ele, enquanto eu olhava de canto Mike ajudando Scooter, com água e algum lenço para tirar o sangue do seu rosto.
- A febre abaixou? - Perguntei, já com Caleb em meu colo. -
- Não... Vamos até a pediatra, está quase na hora da consulta dele. - Respondeu e eu assenti. -
Saímos daquela sala, seguindo o corredor e logo chegamos na área infantil. Estava bastante cheio, e quando eu cheguei, os olhares caindo sobre nós foi inevitável.
Carrie foi até o balcão, apresentar os documentos de Caleb e eu me sentei em uma das cadeiras de espera. Uma menina, de cabelos cacheados se aproximou e eu sorri de leve.
