Respirei fundo, um pouco irritada enquanto esperava Justin chegar para irmos na degustação.Ele estava dez minutos atrasado, e não atendia ás minhas inúmeras ligações.
Caleb estava no andar de cima, sendo mimado por Katie e Maria em seus milhares de presentes que ambas haviam trago para o mesmo.
E eu peguei meu celular novamente, para outra tentativa.
Mas, algo aconteceu.
Uma carta foi depositada rapidamente, por debaixo da porta de entrada. Eu estava na sala e o baixo barulho chamou a minha atenção.
Franzi o cenho, intrigada pensando em quem havia conseguido passar por aqueles enormes seguranças na entrada. Por um momento, me assustei e corri até a porta, abrindo-a para ver se eu conseguia observar quem havia colocado a carta.
Porém, tudo que vi, foi um vulto branco, uma pessoa em extrema velocidade, pulando o muro do outro lado.
- Porra... - Murmurei e voltei pra dentro, pegando a carta rapidamente e a abrindo. -
Uma caligrafia muito bonita, esbanjava logo de entrada nas primeiras letras.
"Minha querida Carrie. Aproveite o tempo que tem, você finalmente vai acordar! Isso não é esplêndido?
Com carinho - P"
- O quê? Quem é "P"? - Perguntei á mim mesma, me lembrando vagamente do sonho que tive dias atrás. Sobre alguém me dizer palavras parecidas e o quanto eu ficava admirada no sonho.
- Falando sozinha?
Quase pulei, pelo susto.
Justin havia chegado e eu o encarei, nem um pouco contente com a sua chegada atrasada.
- Vamos logo, estamos atrasados! - Falei e o mesmo deu de ombros. -
Caleb havia ficado com Maria e Katie, optei por não levá-lo. Ele faria bagunça demais com as comidas e eu não prestaria atenção.
Entramos no carro e Mike deu a partida. O caminho todo foi em silêncio, e isso me deixou intrigada. Já que Justin não fez nenhuma tentativa para conversar comigo, ou me perguntar algo.
Ao chegar, um homem extremamente arrumado, com alguns acessórios da Cartier e uma prancheta em mãos, acenou pra nós quando descemos do carro.
E eu acenei de volta, tentando reconhecer quem era.
Ele foi se aproximando e eu deduzi ser Olivier, o gerente do buffet mais caro de Los Angeles. Acredito que seu pai era o dono, e Olivier tomava conta de tudo.
- Oh! É uma grande honra tê-los aqui, experimentando nossa grande variedade das melhores comidas de Los Angeles, arriscaria dizer, as melhores do estado. Mas, talvez eu os ofenderia de alguma forma. - Falou rindo e Justin segurou a minha mão, dando um leve aperto na mesma. -
E eu segurei o riso, sabendo o que aquele aperto significava.
Ugh, Justin era tão fofoqueiro e debochado quanto um salão de beleza em pleno sábado á tarde.
Ele queria dizer que claramente, Olivier era extremamente chamativo. Um pouco exibidor, talvez. Mas, isso não vinha ao caso.
Alguns minutos depois, finalmente entramos na enorme mansão. Haviam alguns casais experimentando coisas também, e eu franzi o cenho ao ver uma mulher, vestida de branco dos pés a cabeça.
Talvez, estaria tendo também uma "degustação" para vestidos de noivas.
Ela me encarou, e sorriu levemente. Oh... Como ela era bonita. Seus olhos, esbanjando um azul claríssimo. Enquanto seus cabelos loiros, caíam sobre seu ombro.