Carrie

5.2K 338 250
                                    


- Força, Carrie! Você consegue!

Eram as unicas coisas que eu conseguia ouvir. Meu coração estava acelerado e o médico fazia de tudo para salvar o meu filho, que estava prestes á nascer.

O que acontecia, é que o cordão umbilical estava enrolado no seu minúsculo pescoço. E se continuasse desse jeito,  por mais alguns segundos, ele morreria.

Mas, então, tudo ficou preto. E o meu cérebro parou de enviar sinais ao meu corpo, me fazendo, automaticamente, ficar imóvel.

Ouvia vozes ao longe me chamando. Mas, cada vez mais, parecia que elas iam se afastando. E quando o perturbador silêncio chegou, eu senti algo em meus braços.

Acordei desesperada. Extremamente soada, e um pouco desnorteada.

Olhei pro meu lado e suspirei completamente aliviada ao ver Caleb dormindo encima do meu braço esquerdo, tranquilamente.

Eu era insegura demais para o deixar no berço. Ele era tão pequeno, e tão delicado que qualquer cuidado era pouco que eu tinha com o meu filho.

Mas, desde que ele nasceu, no mês passado, venho tendo sonhos com o parto perturbado que eu tive.

Os médicos me alertaram sobre os riscos. Eu era nova demais e quando eu estava chegando no sexto mês, acabei pegando anemia, o que prejudicou muito na hora de ganhá-lo.

Mas, deu tudo certo.

A minha licença no trabalho, é até o mês que vem. E o meu coração vai se despedaçar ao ver o meu filho com a babá, que eu contratei para olhá-lo.

Quando voltei ao Brasil, muitas pessoas que eu não tinha contato há meses, vieram me visitar.

E como eu já esperava, a maioria me perguntava sobre como era a vida de ser uma ficante do Justin Bieber. Cada pergunta, era uma tortura. Porque eu não podia contar nada, e mesmo se eu quisesse, eu não contaria.

Então, a minha mãe percebeu o quanto eu ficava incomodada com tais perguntas e me ajudou a comprar um apartamento. Ele tem um tamanho médio e fica perto do posto 9.  É aconchegante, digamos assim.

A reação da minha mãe, foi por fases. Como se fosse um período.

No começo, eu ouvia resmungos de como eu era irresponsável todos os dias. Quando cheguei na metade, ela já me ajudava a comprar as coisas para o enxoval. O que sempre me fazia lembrar de Thomaz, e o quanto eu fui burra por não ter aceitado o enxoval da loja da mãe dele. E no dia do meu parto, ela foi a pessoa que mais me apoiou, me ajudou muito e hoje, é tão protetora quanto eu, em relação ao Caleb.

Infelizmente, tive que trancar a faculdade. E isso foi como um tiro no meu coração, porque só Deus sabia o quanto eu estava amando estudar la.

Maria, Katie, Alex e Thomaz pretendem vir no final do semestre. Já estou até pensando, na bagunça que isso vai virar, já que aqui não é uma suíte master.

Em relação á saude de Maria, ela melhorou bastante, e eu realmente morro de saudades dela. Até hoje, ela não teve nenhuma recaída, o que me deixa extremamente aliviada. Já que me sinto uma péssima amiga por estar longe em um momento tão dificil.

Caleb começou a chorar, me tirando completamente dos meus pensamentos. O peguei no colo e me sentei na cama, colocando ele sobre os meus braços e sobre o meu colo.

- Hey, psiu. Por que você está chorando? - Perguntei baixo, mesmo sabendo que eu não ganharia uma resposta do mesmo. Mas, era gratificante em saber que aquele mini ser havia saído de mim. E eu esperava ansiosamente para suas primeiras falas. -

Seus olhos castanhos me encaravam. Suspirei, pensando no pai dele.

Comecei a balançar um pouco e depois de alguns segundos, ele dormiu. E eu o coloquei novamente ao meu lado.

Encarei seus finos fios de cabelo, extremamente, loiros.

Respirei fundo, ao lembrar que Justin, nos ultimos meses sempre me perguntava como eu estava. E como havia sido o parto. Ele sempre me perguntava se eu precisava de dinheiro ou algum outro tipo de ajuda. Mas, eu sempre negava. Estávamos tendo uma relação de amigos, completamente saudável.

Ele me contava sobre os lugares que estava conhecendo, sobre as culturas e sobre como ele sentia a minha falta. E eu contava sobre todas as consultas médicas, mandei uma foto do primeiro ultrassom e contei sobre o primeiro chute de Caleb. Ele praticamente acompanhou tudo, porém de longe.

Justin já tinha me pedido uma foto de Caleb, duas vezes. E eu inventei desculpas esfarrapadas para não mandar.

Qual é?! Justin, não é idiota. Ele iria perceber na hora. Porque eu, como sempre, burra, alguns meses atrás, quando ele me perguntou sobre a fisionomia do "pai do Caleb", respondi que o mesmo era moreno. E bom... Eu não sou loira e meu cabelo não é castanho claro.

Ele iria se perguntar porque o meu filho tem cabelos loiros.

E dessa vez eu não teria escolha. Eu teria que contar.

Sua turnê passa pelo Brasil, daqui á cinco dias. E isso está me matando, porquê Justin não pode me ver. Ele não pode ver o Caleb. Justin havia me falado que só iria vir pra cá no ano que vem mas, como sempre, o burro errou as datas.

E ele já começou a cobrar o meu endereço. E assim como os pedidos das fotos, inventei algumas desculpas esfarrapadas, para não mandar. Fiz questão de apagar todas as minhas últimas localizações nas redes sociais, para que ele não as achasse.

Porém, uma, eu não consegui apagar. Mas, eu achei que não teria problema em deixá-la. Porquê, estava no facebook, e como Justin quase não entrava no mesmo. Não me importei muito.

Mas, eu devia ter me importado.

Porquê a campanhinha tocou no instante seguinte e eu franzi o cenho ao olhar as horas no meu celular.

- Quem toca aqui ás oito da manhã? Todos do prédio sabem que eu tenho um bebê pra cuidar. - Resmunguei, enquanto me levantava cuidadosamente da cama para não acordar Caleb.-

Calcei meus chinelos e desci as escadas rapidamente. Ao chegar de frente pra porta, fiquei na ponta dos pés para enxergar o outro lado, através do olho mágico.

E assim que eu vi quem era, quase caí no chão.

- Carrie? Sou eu, Justin! Abre logo, estou morrendo de saudades. E não vejo a hora de ver o Caleb.

1057 palavras, só pra vocês! hahaha.

E ai? Acham que vai dar treta, se ele descobrir?

Xx

Messages || Justin Bieber FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora