04

2.5K 150 11
                                    

_Eu tenho medo Mai, tenho medo de não significar mais nada pra ele. - a voz chorosa.
_Se a historia de vocês foi tão forte como você me disse, ele não iria te esquecer assim tão fácil Anahi.
_Mas e se ele estiver namorando?
_Tá doida Anahi? Que parte do solteiro mais cobiçado e menos acessível você não entendeu? - segurou os ombros da amiga - Eu juro Any, que se você não procurar esse homem, eu mesma te arrasto até ele.
_Mas Mai....
_Nem mais e nem meio mais. Amanhã você vai procurar esse homem!
_Eu nem sei onde encontrá-lo. - desesperada com a insistencia da amiga.
_Isso é fácil, com certeza ele deve estar no centro de comando da sua fortuna. O edificio da Corporação Herrera.
_Só você mesmo pra me empurrar numa loucura dessas.
_Uma loucura que pode resultar na sua felicidade. - a empurrou pela porta - Agora chega de fofocas e mãos a obra. Temos um buffet pra ajudar a organizar e servir.

Na manhã seguinte, Any se viu parada em frente ao imponente prédio, todo em vidro, as portas giratórias não paravam um minuto com tantas pessoas indo e vindo.
Bufou soprando a franja e seguiu para dentro do prédio. Agora se perguntava como deixara Mai fazer isso.
Usando um vestido rosa clarinho com renda, se sentia totalmente fora de lugar entre tantos ternos sob medida e saias lápis e terninhos sociais.
Se aproximou do balcão da recepção e aguardou ser atendida.
_Por favor, eu gostaria de falar com o Alfonso...ahn...Alfonso Herrera. - completou nervosa.
_Tm hora marcada senhorita?! - a recepcionista olhou Any dos pés a cabeça.
_Hum...na verdade não. Eu...sou uma...velha amiga, a visita é uma surpresa até mesmo pra mim.
_Aguarde um momento senhorita. - a recepcionista digitou alguns números - Seu nome.
_Anahi. Anahi Portilla.
_Sim. Senhorita Anahi Portilla. - fez silêncio - Senhor Herrera desconhece qualquer Anahi Portilla.
_Oh...eu...ahn... - corou envergonhada - Diga a ele que é a...mmmm...a fadinha. - quase num sussurro.
A recepcionista disfarçou o riso e com uma nota de desdém na voz, repassou a informação.
_Sinto muito senhorita, mas essa infantilidade também é desconhecida pelo senhor Herrera.
_Isso...isso é impossível. O Alfonso, ele...ele nunca foi assim. - os olhos ardendo em lágrimas - Ele não era assim.

Enquanto Any tentava entender o que fizera Poncho se negar a reconhece-la, as portas do elevador se abriram e Alfonso surgiu entre outros homens tão bem vestidos quanto ele, em direção a saída.
_Quem era?! - Alfonso perguntou a Bryan, seu assistente pessoal.
_Nada com o que deva se preocupar senhor. - olhando para a recepção e encontrando a lunática que dizia conhecer seu chefe. Nem em um milhão de anos o senhor Herrera saberia quem era a criatura sem classe em frente a recepcionista.

Te Encontrar Outra VezOnde histórias criam vida. Descubra agora