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_Bem, pelo menos eu acho que ainda tenho. - o rosto todo corado, um sorriso tímido nos lábios - Não me lembro de você ter terminado comigo quando deixei o orfanato.
Poncho a olhou sem entender, mas quando recobrou a razão, foi impossível não rir. Puxando Any para os seus braços, beijou o topo da cabeça dela e a embalou sem seus braços.
_Acho bom mesmo fadinha, porque eu não perdoaria uma traição.
_Então eu tenho que fazer a mesma pergunta senhor Herrera. - afastando a cabeça do peito dele para olha-lo - Você tem alguma namorada?
_Totalmente fiel. - ergueu as mãos e puxou seu cordão pra fora da camisa.
_Não acredito que você ainda tem ele?
_E eu ía jogar fora o presente da minha namorada? - sorriu todo orgulhoso - Você ainda tem o seu?
_É tudo o que tenho de mais importante na vida. - mostrou o cordão com pingente de fada - Foi o que me manteve a esperança.
_Esclarecimentos feitos, tem algo que quero muito fazer Any, algo que tenho esperado por 12 anos. - Poncho se aproximou dela, segurando o rosto delicado.
_O que é? - perguntou mesmo já sabendo a resposta.
Poncho deslizou o polegar pelos lábios de Any, as respirações quase se fundindo, os olhares presos, os rostos se aproximando lentamente, prolongando o momento.
_Alfonso meu amor!
Poncho gemeu em frustração ao ser interrompido pela mãe antes de realizar seu desejo.
_Oi mamãe. - sorriu se afastando um pouco de Any - Mãe, essa é a Any.
_Mas ela é linda! - abraçando os dois - Oh querida, passei tanto tempo desejando que Alfonso te encontrasse e me desse um pouco de paz.
_Deixa de ser exagerada! - Poncho devolveu sorrindo.
_É um prazer conhece-la senhora Herrera. - foi o que Any conseguiu pronunciar sem gaguejar.
_Não não não não não, nada de senhora Herrera, me chama de Elizabeth, ou Beth se preferir.
_E o papai?
_Ele já está subindo querido, você sabe como ele é. - negou com a cabeça num gesto de reprovação.
_Sei sim, deve estar conferindo os serviços do hotel. - Poncho abraçou a mãe e a guiou junto com Any para o sofá - Querem algo pra beber?
_Um café meu filho, seria ótimo!
_Só um minuto mãe.
Any se sentiu perdida sozinha ali ao lado de Elizabeth, não sabia como iniciar uma conversa, o que dizer, como agir.
_Me conta Any, como vocês se encontraram? Alfonso contratou até mesmo detetives para encontra-la e não houve uma única notícia sua durante esses anos.
Any suspirou tentando se aliviar da tensão antes de contar como havia encontrado Poncho, a frustração por não conseguir falar com ele e depois a conversa durante a festa.
_Se estão falando de mim, espero que sejam coisas boas. - Poncho entregou o café a elas com um sorriso no rosto.
_Alfonso, você precisa controlar aquele seu cãozinho de guarda. - Beth não aprovava as atitudes de Bryan - Ele acha que é dono dos seus horários. É inadmissível.
_Eu sei mãe, e depois do que ele fez com Any, a situação dele só piorou.
_Não precisa se preocupar com isso Poncho, ele só estava fazendo o trabalho dele. - Any tentou mudar a situação.
_Esse não é o trabalho dele Any, antes de recusar qualquer pessoa ele precisa me informar. Mamãe está assim porque uma vez ele a barrou também.
_Oh, essa nem mesmo eu posso defender.
Pouco depois Robert, pai de Alfonso, também estava sentado e conversando e Any cada vez mais tranquila e solta em relação a eles.

_Podemos continuar de onde paramos antes da minha mãe chegar? - Poncho perguntou assim que seus pais se despediram.
_Sim... - a confirmação de Any foi um sussurro falho, mas o suficiente para Poncho sorrir e se aproximar.

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