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Any acordou com os raios de sol batendo em seus olhos. Sentou na cama, atônita. Não tivera pesadelos. Nenhum pesadelo.
Sorriu ao olhar para o lado e encontrar Alfonso a procurando na cama.
_Bom dia Pon. - voltou a deitar só para beija-lo - Você me faz tão bem!
_Bom dia fadinha. - sorriu ao ver a alegria dela - Não sei o que eu fiz, mas fico feliz que tenha feito você sorrir.
_Você voltou pra minha vida, isso é o que você faz e que me faz tão feliz.
_Se for isso, então fico muito feliz por você ter cumprido sua promessa de me encontrar. - a abraçou, apertando contra o peito e beijou sua testa - Agora, o que acha de um belo café da manhã antes de você ligar para os seus colegas e transferir o encontro pra cá?
_Eu acho a ideia maravilhosa! - acompanhou Poncho até o banheiro, onde a deixou sozinha e seguiu para outro.
Após o café, Any fez as ligações e ficou na sala de video enquanto Poncho trabalhava no escritório que ele mantinha em seu ap.
A hora passou rápido e Any já preparava a sala principal para receber os colegas.
_Tudo bem a gente ficar aqui? - perguntou assim que viu Poncho entrar.
_Sem problemas minha linda, eu vou continuar na biblioteca, qualquer coisa é só me chamar e peça o lanche para o serviço do hotel quando sentirem fome.
_Poncho, se perguntarem, eu posso dizer que o apartamento é seu?
_Diga que é do seu namorado. - sorriu ao piscar um olho pra ela e a beijou.
Any corou, mas não teve tempo de responder, a campainha do elevador já avisava que pelo menos uma pessoa havia chegado.
_Caraca Any, isso aqui é demais! - Rodrigo olhava tudo fascinado - Não sabia que morava tão bem.
_Não é meu, o apartamento é do meu namorado. - sorriu ao perceber como a palavra saiu fácil é agradável de sua boca - Nós vamos fazer o trabalho aqui.
_Tá certo. Claudia, Pamela e o Patrício já devem estar chegando.

A tese estava quase completa, mas a parte principal é que causava discussões no grupo.
_Não adianta a gente fazer o melhor trabalho do mundo se não temos um economista pra levar em classe. - Patrício jogou o óbvio em cima deles - O professor vai nos atormentar o resto do ano letivo.
_Claudia podia levar o pai dela. - Rodrigo soltou sem pensar muito.
_Mas é cabeça de vento mesmo, meu pai é comerciante e não economista.
_E o seu tio Pamela? - Any perguntou já entrando em desespero.
_Meu tio tá fora do país a trabalho e sem previsão de volta. Desculpa Any, mas não podemos contar com ele.
_Estamos perdidos então! - suspirou cansada, chorosa - Um economista não vai brotar do chão.
_O que aconteceu minha linda? - Alfonso perguntou recostado ao batente.
_Alfonso Herrera?! - os garotos questionaram quase em coro enquanto as garotas suspiravam por ele.
_Problemas pra finalizar a tese Pon.
_Eu percebi. - sorriu se aproximando - Dava pra ouvir a frustração de vocês do meu escritório. Qual é o problema?
_Precisamos de um economista como parte da tese e teremos pontuação extra se levarmos ele ao auditório no dia da apresentação.
_Se é só pontuação extra, então não é obrigatório.
_O problema senhor Herrera é que metade da equipe precisa dessa pontuação extra e o grupo tá na mira do professor porque a Pamela tem um tio economista, não é famoso, mas é economista. - Patricio esclareceu - Pra ele seria quase uma afronta a gente não levar ninguém.
_Ah, agora compreendo o problema. - um sorriso tranquilo nos lábios - Isso é muito importante pra você minha fadinha?
_Seria incrível, mas no momento, impossível.
_É que o professor pega no pé dela por ser a única bolsista na matéria dele. - Pamela soltou sem querer.
_Mas isso é inadmissível! Além de preconceito é perseguição nítida. - Poncho falou por entre dentes, tentando conter a raiva - Pois bem, só preciso fazer uma ligação e já falo com vocês novamente.
_Any, porque você não contou antes que namora o gostosão Herrera? - Claudia perguntou rindo baixinho - Sortuda safada!
Any pensou ter atingido pelo menos cinco tons de vermelho diferentes, tamanho constrangimento.
_Prontinho minha linda, só precisa me dizer o dia da apresentação e o Jorge Solis estará lá pra vocês. - Alfonso falou ao retornar.
_Você tá falando serio? - Rodrigo quase gritou - O famoso economista Solis?
_Pon, não precisava...
_Precisava sim, muito obrigado senhor Herrera. - Rodrigo cortou, arrancando risos dos outros.
_Só não me chamem de senhor Herrera, por favor, sou só dois anos mais velho que a Any. - beijou o topo da cabeça dela - E não foi nada meu amor, Solis é um amigo meu e me deve um favorzinho. Agora tenho que voltar ao trabalho, se precisar, me chame. - se despediu dos demais, deu um selinho em Any e saiu da sala.
Claudia e Pamela se abanavam com as mãos e rindo de como Any estava vermelha, enquanto Rodrigo e Patrício estavam eufóricos.
_Tá bom, chega de rir e vamos voltar logo pra esse trabalho e inserir o máximo de informações que pudermos sobre o Solis.

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