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Anahi preparou o jantar toda animada, tudo estava indo tão bem em sua vida. Poncho havia voltado, estavam juntos e felizes, ele a amava, tinha um novo emprego e novos amigos.
Quando terminou de arrumar a mesa, se voltou e encontrou Alfonso encostado ao batente da porta, os braços cruzados e sorrindo pra ela. Seus olhos a observavam cheios de amor e admiração e isso a deixou ainda mais feliz.
Saber que Alfonso a amava era toda a força que necessitava.
_Sabe Any, eu amo ter você aqui, nesse apartamento. - se aproximou dela - Sempre que saio da empresa ou volto de uma viagem, pensar que você vai estar aqui, me esperando, me conforta. Me faz feliz. - passou os braços pela cintura dela - Só com você aqui, eu me sinto realmente em casa.
_Pode dizer Herrera, o que você quer de mim? - sorriu apertando o nariz dele.
_Quero que venha morar comigo Any. Por favor, eu não consigo mais voltar pra casa e não ter você aqui pra dormir em meus braços ou conversar sobre o nosso di.
_Já falamos sobre isso Poncho, nós acabamos de nos reencontrar e eu quero que tudo seja feito com calma, no seu devido tempo.
_Não Any, nós não conversamos. Você falou e eu...bem, eu deixei passar porque era muito cedo.
_E ainda é. - sorriu tentando dissipar o clima que começava a ficar tenso - Não faz nem dois meses que te achei.
_Mas pra mim é como se nunca tivesse te perdido. O que tá faltando pra você entender que seu lugar é aqui?
Any deu de ombros sem saber o que falar. Realmente, tudo o que Poncho disse também era válido pra ela, só se sentia completa e segura com ele, então por quê tanto receio em se mudar?
_Me deixa pensar, só alguns dias. Por favor. - pediu juntando as mãos em súplica.
_Claro meu amor, mas para o seu bem espero que a resposta seja sim. - advertiu com um sorriso enigmático.
_Ou então o que Alfonso? - entrando na brincadeira.
_Vou te encher de cócegas. - soltou-a do abraço, olhando travesso.
_Não Poncho, nem pensar. - ergueu as mãos para se defender, dando passos pra trás e sorrindo - Não...
_Sim... - sem dizer mais nada saiu correndo atrás dela pela casa.
Anahi ria sem parar enquanto tentava se desvencilhar dos móveis e dos braços dele. O riso enchia todo o apartamento e tudo o que Alfonso conseguia pensar era no quanto queria isso todos os dias. Pra sempre. Foi obrigado a despertar de seus sonhos com o aviso do elevador.
_Eles chegaram. - Alfonso passou a mãos pelos cabelos bagunçados pela corrida.
_Mas eu nem me arrumei. - Any saltou para escadas correndo - Eu vou tomar um banho rápido e me arrumar. Já volto. - desceu novamente para beija-lo e correu novamente para as escadas.
Ainda sorrindo, Alfonso abriu a porta, mas o sorriso foi substituído pela indiferença e olhos gelados.
_Você com certeza é a última pessoa que eu pensei que viria ao meu apartamento.

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