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Maria se aproximou de Anahi, cautelosa, estudando minuciosamente.
_Maria, pare com essa mania de querer assustar as pessoas. - riu balançando a cabeça.
_E você sempre me atrapalha papai. - Maria fez uma careta pra ele e se virou com um grande sorriso pra Any com a mão estendida - Prazer, sou Maria Zepeda, filha do sem graça ali, sócia e consultora de economia da firma.
_Prazer, sou Anahi Portilla, a nova estagiária. - ofereceu um sorriso tímido, apertando a mão da outra.
_Vamos esclarecer uma coisa Anahi, aqui, na nossa empresa, estagiário não serve pra buscar cafézinho ou fazer trabalho para os outros colherem os frutos. Portanto, se isso acontecer, quero que reporte a mim.
_Maria, de novo essa história. - suspirou cansado.
_Papai, você sabe muito bem Mark é babaca suficiente pra fazer isso. - chamou a atenção do pai - O poderoso George ali faz vista grossa porque Mark é meu irmão. - olhou pra ele novamente - Mas eu não, portanto Anahi, se um babaca convencido de terno italiano fizer gracinhas é só me falar.
_Maria... - George tentou em vão repreende-la.
_Nem Maria, nem filha, se você não impõe limites então faço eu.
Anahi observava a quase discussão entre pai e filha sem poder fazer ou dizer nada. Apenas anotou metalmente que deveria manter distância do tal Mark e sempre contar com Maria, George parecia suscetível demais ao filho.
_Vem Anahi, deixa o rabugento aí lamentando pelo bebê dele, eu vou te mostrar a minha sala e a sua mesa. Depois vamos trabalhar na sua primeira consultoria.
_Obrigada pelas informações senhorita Maria. - Any agradeceu assim que ganharam distância da sala de George.
_Não precisa agradecer, graças a mamãe, eu sou a sócia majoritária, então preciso manter intacto tudo o que um dia será meu. E, por favor, me chame apenas por Maria.
_Claro Maria. - Any sorriu mais relaxada agora - Estou ansiosa para a primeira consultoria.
_Então vamos lá garota. - guiando Any até sua sala.

O primeiro dia havia sido proveitoso, Any conseguiu interagir muito bem, fazendo análises que foram elogiadas por Maria. Passava das dezesseis horas quando ligou para Poncho, pedindo que fosse busca-la.

_Como foi o primeiro dia meu amor? - Alfonso a manteve em seus braços, sorrindo, em frente ao prédio.
_Foi ótimo Pon, Maria foi um verdadeiro anjo comigo, o pessoal me tratou super bem e eu já até prestei uma consultoria. Com supervisão da Maria, mas prestei. - respondeu animada.
_E por que seria diferente? - relutante, a soltou para segurar sua mão e seguir até o carro.
_Todos na faculdade, bem, exceto a Pamela que está com o tio, reclamam que por serem estagiários ficam encarregados de ser o garotinho do café ou fazer trabalhos que não agregam em nada para o curso. Eu tive muita sorte de seu pai conseguir esse pra mim. Nunca poderei agradecer o suficiente por isso. - colocou o cinto e finalmente respirou.
_É só você fazer o filho dele muito feliz e tá tudo certo. - deu uma piscadela brincando.
_Deixa de ser bobo Pon, te fazer feliz já é um objetivo meu. - sorriu e segurou a mão dele - Agradeço ao universo por ter me devolvido você.
_Eu também agradeço minha linda, muito, todos os dias. - ergueu a mão dela, beijando - Me diz, o que você quer fazer hoje?
_Comemorar amor, eu que comemorar. Vamos chamar o pessoal pra jantar lá em casa e eu vou cozinhar.
Anahi não percebeu que havia se referido ao apartamento de Poncho como sua casa também, mas ele sim, e isso o fez sorrir ainda mais feliz. Incrivelmente feliz.

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