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Alfonso suspirou aliviado ao final da visita de Belinda, por mais inédito e impossível de acreditar, a prima se esforçara ao máximo para parecer agradável e receptiva com Anahi.
Ela ainda estava preocupada e muito quieta e isso começava a preocupa-lo. Justo agora que os pesadelos se foram, apareciam os problemas reais.
_O que você tem amor, por que tá tão quietinha? - a puxou para um abraço.
_Nada não...só um pouquinho cansada. - se aconchegou no braço, esfregando a bochecha contra o peito dele.
O celular de Alfonso tocou, o afastando de Any por alguns minutos e quando retornou era ele que parecia preocupado.
_Quem era amor? - notando a diferença no humor.
_Hector me disse que você tem algo a me contar. O que é? - perguntou cauteloso.
_Mas esse Hector é um bocudo, eu disse pra ele que eu ía esperar você descansar da viagem, mas não...
_Eu já estou descansado. - cruzou os braços em frente ao peito - Anahi...
Any se encolheu com os olhos fechados, parecendo uma criancinha que acabava de ser descoberta aprontando. Alfonso precisou engolir o riso para manter a postura séria, caso contrário Anahi iria inventar desculpas e mais desculpas pra fugir do assunto.
_Me dá seu telefone, eu vou falar com o Héctor, nós tínhamos um acordo, ele disse que ía esperar quietinho que eu contasse...dedo duro... - Anahi continuava a desmontar tentando pegar o celular de Alfonso.
_Ele disse foi? - ergueu uma sobrancelha questionando.
_Bem, ele concordou em me dar um tempo...
_E deu, eu cheguei de viagem ontem, já descansei, então já era pra você ter me contado. O que você tá escondendo Any?
_Não é nada demais...
_Então conta.
_Tá certo. Então lá vai... - o encarou a depois desviou o olhar - Mas você tem que prometer não ficar bravo. - cruzou os braços quando ela revirou os olhos - Então não conto Alfonso Herrera.
_Então eu pergunto pro Hector. - já com o celular em mãos.
_Você as vezes é irritante.
_E você teimosa.
_Ai chatinho, pelo menos fecha os olhos. - pediu juntando as mãos a implorando.
_Por que essa agora? - foi inevitável deixar um sorriso escapar.
_Porque esse seu olhar me faz parecer em julgamento.
Alfonso precisou segurar o riso mais uma vez, mas fechou os olhos como ela pediu.
_Certo...agora vai mesmo... - cobriu os olhos com as mãos - Ontem quando eu estava saindo do trabalho, o Mark me parou na recepção e foi um tanto persistente na tentativa de me dar uma carona.
_Persistente o quanto? - Any mantinha os olhos cobertos, mas os de Alfonso já estavam bem alerta - Quanto Any?

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